POESIA INFANTIL / POESIA INFANTO-JUVENIL
Coordenação de LILIANE BERNARDES
RICARDO SILVESTRIN
Ricardo Silvestrin nasceu em Porto Alegre, 1963. É formado em Letras, UFRGS/1985. É colunista do Segundo Caderno do Jornal Zero Hora. Integra o grupo musical os poETs
Publicações Infantis
O Baú do Gogó - poesia, infantil, Porto Alegre, 1988, ed. Sulina
Pequenas observações sobre a vida em outros planetas - poesia, infantil, 1ª edição Porto Alegre, 1998, ed. Projeto; 2ª edição São Paulo, 2004, ed. Salamandra
É tudo invenção – poesia, infantil, São Paulo, 2003, ed. Ática
Mmmmmonstros! - poesia, infantil, Salamandra, São Paulo, 2005
Antologias
Conversa com verso – poesia, infantil, org. Marô Barbieri, Porto Alegre, 1992, Ed. Mercado Aberto
Fazedores de Amanhecer, poesia, infantil, org. Heloisa Prieto, São Paulo, 2003 ed. Salamandra (PNBE)
Premiações
Prêmio do Encontro Brasileiro de Haicai, 2° lugar, São Paulo, 1987
Prêmio Açorianos, melhor livro de poesia editado no RS em 1995 - livro Palavra mágica
Prêmio Açorianos, melhor livro infantil editado no RS em 1998 - livro Pequenas observações sobre a vida em outros planetas
Prêmio Açorianos, Destaque de Editora, editora AMEOPOEMA
Prêmio Açorianos, melhor livro de poesia editado no RS em 2007 - livro O Menos Vendido
|
o bom verdureiro
vende verduras verdes
não verduras duras |
qual o problema do defunto?
não poder mais tomar fanta?
não ter mais nenhum defeito?
não poder mais dançar funk?
não ter mais nenhum assunto?
qual o problema do defunto?
a centopéia
cruzou as pernas
|
Planeta Poft
Em Poft,
o pum é perfumado.
Quando um
solta o seu traque,
todo mundo
vem pro seu lado.
E se põe a comentar:
oh, como melhorou o ar! |
Planeta Samba
O vento assobia,
a árvore requebra,
o mar balança.
No Planeta Samba,
todo mundo tem gingado.
A chuva batuca,
o rio desfila,
a nuvem dança.
No Planeta Samba,
todo mundo é bem chegado.
A INVENÇÃO DA DANÇA
Antes da dança,
veio a música,
que nasceu dentro do corpo,
na batida do coração.
Batuca, coração, batuca.
Um dia a música
saiu pra fora
e foi pra mão.
Batuca, tambor, batuca.
O ouvido escutou,
mas o pé também
e começou a bater.
Até o dedão
chamou o dedo médio
pra estalar.
E a cintura
que era dura
foi para um lado
e outro
sem parar.
A música saiu
de dentro do corpo
e o convidou
pra dançar.
|
|
A INVEÇÃO DO CINTO
Chegar ao cinto
foi simples.
Antes dele,
muita gente sentava
e quando ia levantar
a calça caía.
“Sinto muito,
sinto muito”
é o que todos diziam.
Até que uma criatura
inventou de botar
uma corda na cintura.
Daí em diante,
sempre que perguntavam
por que sua calça
não caía, ela respondia:
“Muito cinto,
muito cinto”.
O MONSTRO DO BANHEIRO
Dessa vez
ele está lá,
o monstro do banheiro.
Vou abrir a porta
sem gritar
e o verei
de corpo inteiro.
- Um, dois, três e já:
é só o chuveiro.
|
|
O MONSTRO DO ARMÁRIO
Quem me garante:
as roupas se transformam
num monstro mutante,
ou ao contrário:
os monstros se disfarçam
de roupas no armário?
SILVESTRIN, Ricardo. Transpoemas. Ilustrações Apo Fouser. São Paulo: Cosanaif, 2008. 40 p. ilus. col. FORMATO 16X23 CM ISBN 978-85-7503-748-5
Ricardo Silvestrin é um poeta dos bons! Muito versátil, ou seja, faz verso fácil e variado. Vira criança e anda de trem, de barco, de skate... Vale a pena conferir. Melhor mesmo no livro, que tem muitos outros poemas com esses acima!!! Viajem nesta viagem!!!
Página publicada em junho de 2008
[Poesia para crianças / Poesia para jovens / adolescentes]
|