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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RENATO DE MATTOS MOTTA

 

 

Nasceu e vive em Porto Alegre. É publicitário, poeta, faz xilogravuras, fotografias e histórias-em-quadrinhos, além de já ter trabalhado em teatro. Atuou nas peças “De como Raízes Transformam-se em Asas” de Cairo Trindade e “A Casa da Suplicação”, de Carlos Carvalho, 2º lugar em Conto no I Concurso Mario Quintana de Literatura DCE/ADUNISINOS; publicou “Pau de Poemas”, álbum de poesias ilustradas em xilogravura; “Salamanca”, adaptação para quadrinhos de uma lenda recolhida por J. S. Lopes Neto; além de uma coleção de fotopoemas e da “Coleção Fogo do Verbo” - caixas de fósforos com poemas. Junto com Alexandre Brito e Cláudia Gonçalves, criou a República da Poesia, sarau aberto ao público que acontece mensalmente. Participa como apoiador além de realizar leituras e oficinas nos festivais Porto Poesia e Porto Alegre dá Poesia.[Biografia extraída de http://poetasdobrasil.blogspot.com.br]

 

 

 

MOTTA, Renato Mattos.  Pau de poemas. Ilustração Renato Mattos Motta. 2 ed. Porto Alegre, RS: Gente de Palavra Microeditora, 2013.  6 grav. col.  10X40 cm.-978-85-67780-01-6  Ex. bibl. Antonio Miranda  

 

 

MOTTA, Renato Mattos dePatripoema e outros poemas de luta. Porto Alegre, RS: Gente de Palavra Microeditora, 2015.  24 p.  15,5x23 cm.  Capa de papel reciclado, título estampado artesanalmente.  “Renato de Mattos Motta”.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

Lição de rua

 

hoje a aula é na rua

não quero ninguém quietinho

hoje a aula é em grupo

ninguém vai estar sozinho

hoje levanta a mão

quem quiser falar mais alto

porque sabemos pensar

e o pensamento é mais forte

que bombas

escudos

cassetes

 

hoje a lição é de união

vamos aprender que valor

não cabe em bolso ou em cofre

valor a gente constrói

porque a gente demonstra

o valor que a gente tem

porque temos ideias

porque sabemos pensar

e o pensamento é mais forte

que bombas

escudos

cassetes

nosso valor apavora
aqueles encastelados
porque quem pensa questiona
importuna oportunistas
com perguntas inoportunas

que precisam de respostas
daqueles que nos reprimem
porque sabemos pensar
e o pensamento é mais forte
que bombas
escudos
cassetes

hoje a aula é na rua
não se leva lição pra casa
porque a matéria é maior
e o que se aprende é pra vida

 

 

Ninguém mais

 

sempre tem alguém

mais esperto que você

sempre tem alguém

mais bonito que você

sempre tem alguém

mais ligado que você

sempre tem alguém

mais carinhoso que você

sempre tem alguém

mais elegante que você

sempre tem alguém

mais criativo que você

sempre tem alguém

mais abonado que você

sempre tem alguém

mais sabido que você

sempre tem alguém

mais charmoso que você

sempre tem alguém

mais qualquer coisa que você

 

só não tem ninguém

do mesmo jeito que você

no mundo

só você

é você

 

MOTTA, Renato de MattosO Casamento da Carochinha.  Porto Alegre, RS: Gente da Palavra Microeditora, 2014.  16 p. ilus. 11x15 cm. Ilustrações de “Renato de Mattos Motta”. 

Fanzine, formato de cordel. Ex. bibl. Antonio Miranda. 

 

Um fragmento do texto:

 

 

 

 

MOTTA, Renato MattosVersa. Porto Alegre, RS: Gente da Palavra Microeditora, 2014.  99 p. 13x19 cm. (Coleção Caderno de Poemas)  ISBN 978-85-67780-04-7  “Renato de Mattos Motta”. Ex. bibl. Antonio Miranda.

 

 

Vagido a motor

 

nasci na selva de concreto
filho da urbe

meu primeiro ar foi fumaça de caminhão
cresci nas calçadas
aprendendo a respeitar o rio de aço
motores me acompanham dia e noite

 

não sou cria de bucólicas paisagens
meus pássaros são de parques
voos tolhidos por gaiolas
me criei em edifício
ouvindo a vida dos vizinhos
vazar pelas paredes

 

sou urbano

aprendi a caminhar na multidão
a pagar pelos meus passos
porque aqui nada é de graça
e até o sorriso é estudado
                                        marqueteiro

 

minhas flores são cartazes

que colorem o cinza

com paraísos de consumo

fumar beber comprar gastar descartar

maravilhas tecnológicas

asseguram mortes glamorosas

 

(como a amiga de minha mãe

que definhou enfisema

perdeu o ar

acreditando que

o importante é ter Charm

que tinha uma classe a mais

que fumar era pra quem sabe o que quer

artista fabulosa

definhou fazendo a fortuna

das fábricas fumageiras)

 

meus pés raramente
pisam relva

meu tapete é pedra é cimento
terra escassa
verde raro
cinza e preto se
alternam no horizonte
sou filho da cidade
ambiente artificial
criado pela humanidade
pra se desumanizar
 

 

 

MOTTA, Renato MattosVirtude virtual : pornopoema ...  com ilustrações de Will Cava.   Porto Alegre, RS: Gente de Palavra Microeditora, 2013. 24 p.  ilus.  ISBN 978-85-677780-00-9  “Renato de Mattos Motta”. Ex. bibl. Antonio Miranda.

Um fragmento do texto:

 

 

em minha virilha
só pra ouvir o som
da carne na carne
da minha na lua

só pra te ouvir gritar ainda mais!

sinto que vem

acelero

teus movimentos me enlouquecem

me fazem movimento

cada vez mais rápido

te penetro '

penetro e penetro

fundo fundo

mais fundo

mais

mais

mais mais mais
maismaismaismais
me jorr
o em ti
céu de reveillon
cometas e estrelas
cascatas, rios, vulcões

 

MOTTA, Renato de Mattos.   Pretos de Peleia. Cantos de um Brasil que a História    tentou esquecer.Porto Alegre: Gente de Palavra, 2020.    80 p.   15 x 21 cm.     ISBN 978-85-67780-18-4    Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

            VII – A COR DA TERRA

 

        a cor da acorda esta terra
o branco da escravidão
o preto da liberdade
vermelho que cobre o chão

cor de medo lá na serra
medo do preto fujão
branco de medo se encerra
foge para um outro chão

tem arma na mão do preto
vermelho sangue nos olhos
branco tá branco de medo
preto tá preto de ódio

a cor acorda esta terra
o branco da escravidão
o preto da liberdade
vermelho que cobre o chão

tem arma na mão do branco
isso não é novidade
branco vermelho de ódio
preto tá fulo de raiva

preto é o ranchão queimado
é cor de terra arrasada
batuque soa no campo
sopapo prum novo tempo

a cor acorda esta terra
o branco da escravidão
o preto da liberdade
vermelho que cobre o chão

 

       

        X

Jorge no céu
já é Ogum
no coração
mata o dragão

santo farrapo
que veste um trapo
sempre na lida
luta na vida

preto na lua
santo que sua
negro que luta
vida que grita

santo e cavalo
num só embalo
plena peleia
na lua cheia

vai por seu povo
sempre de novo
traz a justiça
pra sua raça

fera no chão
lança na mão
sangue no sal
já morre o mal

Jorge no céu
já é Ogum
no coração
mata o dragão

 

 

MOTTA, Renato de Mattos.   Poemas da Vergonha.  Porto Alegre: Gente de Palavra, 2020.    16 p.  10,5 x 15 cm.  

 

       O POETA

       poeta que é poeta
acaba a sua sina
tem sede de ser certo
escreve, lê, assina
é preciso em dizer
o que é preciso dizer
a quem incomodar possa

 

 

   

Página publicada em maio de 2016. Página publicada em junho de 2020


 

 

 
 
 
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