SONETO
Noite... O castelo triste e silencioso
entre as feudais ameias e seteiras,
lembra ainda as façanhas derradeiras
de um exilado lord desditoso...
N´alma de jasmins e amendoeiras
assoma um par gentil e misterioso...
Ele — a sorrir alegre e venturoso
sela — a chorar as lágrimas primeiras...
E a castelã e o pagem predileto
imploram, mudamente, de um afeto
tudo que temem e tudo que desejam...
E enquanto a lua no infinito rola,
um soluço de amor febril se evola
e duas bocas trêmulas se beijam...