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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto extraída de https://www.recantodasletras.com.br/

 

 

PAOLA CAUMO

 

Nasceu no interior de Carlos Barbosa. Mas a vida tratou de guiá-la a Porto Alegre. Aceitou o desafio de um primeiro emprego como assessora parlamentar. Foi ficando. Já se vão 15 anos desde que a jovem interiorana veio debater-se com papéis, lides políticas e o modo como agem alguns senhores empodeirados. Assus-tou-se, no começo; reagiu, na sequência; cresceu, no final. Viu muita gente boa. Destes, fez amigos verdadeiros. E com eles, muitas e belas histórias.

Do que não cabe no universo da concretude, tem feito poesia. E tem sido feliz. Escreve, então, para expressar o que lhe vai na alma.

Assim se descortinam seus versos que, generosamente, semeia entre ami­gos, em sites de literatura e antologias poéticas. (Por Andréa Farias) 

 

POESIA DO BRASIL.  Vol. 5.  XV CONGRESSO BRASILEIR0 DE POESIA. Org. Ademir Antonio Bacca.  Bento Gonçalves: Proyecto Cultural Sur - Brasil, 2007.   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

Sonhos

 

No meu sono os sonhos vivem.

 

Es-pa-ça-dos

pelos dias

ainda RE
TUM
BAM

               ao acordar.

 

 

 

 

Obscuridade

 

Os dias melancólicos
sobem pelas colinas;
Contemplam, no pico da montanha,
o sol pondo-se na mata...

 

Os grilos já não pululam
nas fendas do anoitecer.

 

Tudo está silencioso
na alma sombria.

 

 

 

 

Sentires

 

Na ponta do lápis
um mundo se abre:
formas, cores, palavras.
Sentires, melodias.

 

Na ponta do teclado
a existência se descortina:
mosaicos de vivências,
espelhos da humanidade.

 

Na expressão da arte
tudo é possível
mesmo no mais improvável
o coração explode.

 

 

 

 

Nas vagas das horas

 

Nas vagas das horas
sou poeta da existência
Dos meus reversos faço versos
Gritos, declarações, poesia

 

Nas horas vagas
sou tudo de mim
Espelho dores e amores
Rimas de sentires sem fim

 

Nas vagas das horas
a vida me toma emprestada!
do casulo desabrocho borboleta
Assim sou tudo... e nada...

 

 

 

 

Força

 

O vento balança a alma
mas o pavio continua aceso.

 

 

 

Indiferença

 

Tantas e tantas vezes
o caminho do absurdo
atravessando dias

 

Mosaicos de vida
pedindo socorro,
clamando atenção

 

E o mundo surdo,
indiferente à dor
seguindo suas guerras,
mutilando esperanças

 

Poesia nascendo
sob estilhaços,
Crianças sorrindo
em meio a bombas

 

E o mundo surdo
vendo telejornal.

 

 

 

 

Poesia viva

 

Com

(partilhar)

alma

Com (viver)

magia

 

Congresso de Poesia:

 

En (CON) tro, Expressão, Sintonia.

 

Na primavera de Bento Deus sorria!

 

 

(Sobre o XIV Congresso Brasileiro de Poesia

de2a 7 10/2006em Bento Gonçalves/RS)

 

 

 

 

 

 

Página publicada em outubro de 2020

 


 

 

 
 
 
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