ODEMIR TEX JUNIOR
Nascido no planalto sulriograndense, na cidade de Mata, o poeta Odemir Tex Júnior é um inconcluso acadêmico do curso de Letras da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Reside no Rio Grande do Sul, em Santa Maria, cidade próxima do paralelo 30°, há mais de quinze anos. Gosta de dizer que é co-iventador dos livros Santa Invasão Poética (Ed. sCHDs, 2003) e O Maquinista Daltônico (Ed. Paliotti, 2007), É navegador ativo de blogs e também se aventura no mundo da crónica e do conto.
1º. Prêmio SESC de Poesia Carlos Drummond de Andrade 2008.
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COLETÂNEA DE POESIAS. PRÊMIO SESC DE POESIA CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE. Orelha (apresentação) por Antonio Miranda Orelha (apresentação) por Antonio Miranda. Brasília, DF: Serviço Social do Comércio do Distrito Federal -SESC-DF, 2008. 185 p. 18,5 x 24 cm. Impresso pela Comissão de Educação e Cultura – Câmara dos Deputados. Juri: Antonio Miranda, Danilo Gomes, Joanyr de Oliveira, João Bosco Bezerra Bonfim, João Carlos Taveira, Meireluce Fernandes, Nicolas Behr, Salomão Sousa, Deputado Severiano Alves. Sylvia Cyntrão. Ex. bibl. Antonio Miranda
I
divisava a Terra o silêncio
na ampulheta dos cortes
e na adaga das mãos
na areia a fossa de nosso castelo
com suas frágeis muralhas
de rocha e abandono
à espera do rei findo
sob as unhas
estrume, léguas e feudos
II
à dama incerta
numa noite qualquer
a fogueira no peito
na redenção antecipada do
juízo final
teu nome tatuado
na cota tecida
de amor
III
uma maçã de armas
entre os pomares e os espinhos
tecia o pão e o sangue
IV
rendi tributos ao rei
elucidei minha ignorância
no calor do sol
e na áspera espessura
dos calos.
plantei à talhas
colhi silêncios
V
nas mãos mortas
morria o tempo em mim.
Página publicada em agosto de 2020
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