Foto extraída de: https://revistacerradocultural.blogspot.com/
NESTOR KIRJNER
Nasceu em Santiago do Boqueirão, RS, radicado em Brasília, DF, desde 1973.
Musicista/DF - Músico e compositor de cerca de 100 músicas. É o autor e idealizador da 'Sinfonia da Cidade Nova", reunião de ritmos populares que homenageia Brasília. Primeiro compositor premiado em festivais abertos na cidade de Brasília. Letrista da música que ilustrou o histórico CD-ROM dos 40 anos da cidade, publicado pelo Correio Braziliense.
Tem, em seu currículo de letrista, uma nota dez dada pelo poeta Mário Quintana. Apresenta-se em escolas, universidades, clubes, shoppings, serestas, saraus, atuando como seresteiro, palestrante, menestrel, compositor convidado ou instrumentista. É regente-auxiliar do Coral Alegria, grupo de cunho social que faz também um trabalho de preservação e divulgação da música brasileira tradicional. Professor de Música diplomado em conservatório, é ex-acordeonista e ex-líder de conjunto instrumental. Há seis anos é titular da coluna "Toques Culturais", do jornal "Lago Notícias", de Brasília. £ detentor da medalha "Bernardo Sayáo", conferida por ocasião do Centenário daquele grande pioneiro de Brasília.
Sócio Benemérito da Biblioteca Demonstrativa de Brasília, faz parte da comissão de seleção do "Projeto Bibliomúsica". Diretor Cultural licenciada da Casa do Poeta Brasileiro, Seção Brasília. É o coordenador do Projeto "Noite da Poesia", onde poetas e cantores se apresentam, depois de assistir a uma apresentação musical sobre um tema poético-musical escolhido pelo Projeto.
Como engenheiro de telecomunicações, aposentou-se em 1997, depois de ter tido participação diretamente na implantação do serviço DDD e do Sistema Telebrás em nosso país. £ membro do Centro de Cultura da Região Centro-Oeste - CECULCO. Integra o Grupo de Cultura Popular
Cantadores e Tocadores do Centro-Oeste.
FERREIRA, Sônia. Chuva de poesias, cores e notas no Brasil Central – história através da arte. 2ª. edição revista e melhorada. Goiânia: Kelps, 2007. 294 p. ilus. col. (antologia de poemas de autores do CECULCO – Centro de Cultura da Região do Centro-Oeste) Ex. bibl. Antonio Miranda
CANTO BRASÍLIA
Dó
de quem não vê
o amor sobre esta terra,
sol
de juventude, vibrando nas luzes da nossa canção.
Ré,
renascerá o amor em toda a Terra, si
houver um Canto-Brasília nas vozes e no coração.
Fá,
faço de tudo
se for "pra" chegar
na alegria.
Eu reclamo poesia
da grama e das pedras
que amam o chão.
Mi
faço de louco, invento céu, mundo e espaço.
Meu abraço é tão pouco "pra" minha cidade caber neste amor.
Flor
do meu país,
planejada fantasia,
Lá
da cuca dos homens
que sabem que a forma
da Terra seria um,
um coração,
se a paz sobrevivesse em nós,
eu e você,
um milhão, um bilhão,
o povo, a multidão.
Já,
viva Brasília!
Você,
meu irmão desta era,
descubra a cidade
que dá para o mundo
uma nova lição.
"Vem",
cante comigo,
candango
de frases sinceras.
Brasília, Brasília,
virão cantar, todos,
a nossa canção.
Canto-Brasília foi musicado e, hoje, é cantado em escolas do DF.
KIRJNER, Nestor. Sinfonia da Cidade Nova. CD: O disco inclui as letras e as músicas do autor
e seus parceiros de composição. Gravação Studio 57, Brasília. S.d.
Reproduzimos aqui a imagem de uma das letras de sua composição “Bom dia, Brasília”:
VENZON, Altayr; MONCKS, Joaquim; RODRIGUES, Darcila (organizadores). Antologia da Casa do Poeta Rio-Grandense Coletânea Literária. Porto Alegre/RS: Antonio Soares /Edições Caravela, 2025. 216 p. ISBN 978-85-8375-027-7
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda, doação do amigo Brito (livreiro) em 2024.
Céus sem nuvem
O céu desta tarde fria é belo,
mas não me contempla!
A luz parece-me excessiva, o azul me agride fortemente,
como se fosse imensa lâmina a devastar-me a carne.
Não há guerras nem barbáries,
não há miséria nem fome,
não há males incuráveis.
Só essa sensação de vazio eu extingue minhas forças e
minha existência.
Deixo que o sol brilhe, por não poder impedi-lo!
Mas anseio pela noite cálida e silenciosa,
corolário natural de minha solidão ciclópica.
Na manhã do outro dia,
talvez eu ressurja das dores desse fel perfeito.
Talvez haja manhã, e uma vida transcendente.
Ou talvez venha simplesmente o nada,
espelho fiel de nossa mais profunda verdade e expectativa.
*
Página ampliada e republicada em janeiro de 2025
Página publicada em dezembro de 2019.
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