MARIO TOTTA
(Porto Alegre, 5 de janeiro de 1874 — Porto Alegre, 17 de novembro de 1947) foi um médico, romancista, poeta e jornalista brasileiro.
Estudou no Colégio São Pedro, dos irmãos Castilhos, em Porto Alegre. Farmacêutico, formou-se em 1904 médico pela Faculdade de Medicina de Porto Alegre, onde também foi professor e se aposentou em 1930. Foi diretor do gabinete de identificação do Rio Grande do Sul e fundador do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul.
Iniciou como jornalista no Jornal do Commercio, dirigido por Aquiles Porto Alegre. Foi co-fundador e redator do Correio do Povo, em 1895.
Junto com Sousa Lobo e Paulino Azurenha, criou a novela de caráter naturalista Estrychnina, escrita em 1897.
Foi líder da campanha para aposentar a roda dos expostos da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, cujo mecanismo fixado em um muro continha uma pequena porta onde eram deixadas para adoção crianças recém-nascidas. Graças à sua campanha, o mecanismo foi desativado em 1940.
Poeta, romancista, cronista, foi fundador da Academia Rio-Grandense de Letras.
Possui uma rua em sua homenagem localizada no Bairro Tristeza, na cidade de Porto Alegre.
A TUA BOCA FORMOSA
A tua boca formosa
de comprimento de um til,
é fresca e virente rosa
como não há mais grácil.
A gente, ao vê-la, imagina
e pensa que quem a fez
foi decerto a mão divina
de um deus artista chinês.
Que um outro deus não faria
com tal arte e perfeição,
rosa de tanta valia
nem flor de tal correção.
Página publicada em junho de 2020
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