MARIA CLARA LOPES SEGOBIA
(1949-2012)
Nasceu em 17/08/49 em Porto Alegre/RS. Formada em Pedagogia Educacional e Prática de Ensino em Filosofia, Didática e Psicologia da educação. Participou de várias Antologias. Participação ativa nos “Festivais Brasileiro de Poesia” em São Paulo. Em Goiânia visitou várias entidades culturais.Em 2005 participou do “Festival de Poesia” em Paraty como poeta e fez cobertura do Evento..Colaboradora permanente do programa radial “Dicho sea de Paso” de Perpétua Flores em Buenos Aires. Participação representando o Brasil: “Festival de Artes 2006” em Mar Del Plata, em 2007 “III Encontro Internacional de Artes e Letras” em Montevidéo; 1}, 2?, 3} e 4} “Belô Poético em Belo Horizonte; “La Palabra em Movimiento” em San Martin, Buenos Aires; Encontro internacional de Poesia “Navegando Cielo Del Mundo” no Chile em 2007.
Participa ativamente na Coordenação do Congresso Brasileiro de Poesia e do Encontro Latino Americano das Casas de poetas sobre a coordenação geral de Ademir Antônio Bacca em Bento Gonçalves. Em 2008 no cargo de secretária geral participa do XVI Congresso Brasileiro de Poesia de 6/10 á 11/010 em Bento Gonçalves. Maio de 2008 participou do 3º Encuentro Latinoamericano “Buenos Aires Poesia –Reunión de Voces” do grupo Pretexto. Participou de”El Obelsco Regala Poesia” na cidade de Buenos Aires na Coordenação de Maria Elena Sancho no dia 4/05/08, no largo do Obelisco. Em 22/09/08 participará do IV Encuentro Internacional de Artes e Letras” do Centro Hispanoamericano de Artes y Letras em Montevidéo. Pertence á Associação Nacional dos Jornalistas e Comunicadores de Eventos Culturais e Turísticos, ANJEC em São Paulo. A Casa do Poeta Riograndense, Academia de Artes Ciências e Letras Castro Alves, Movimento Poético Nacional, SP.Coordenadora Geral do Proyecto Cultural/Sur – Núcleo Porto Alegre. Faleceu em 28/12/2012.
Página da autora: http://mariaclarasegobia.blogspot.com/
A PERDA
Quando perdemos um amigo.
Sofremos.
Quando perdemos nosso animalzinho
de estimação.
Sofremos.
Quando perdemos o emprego.
Sofremos.
Há sempre a esperança.
Um novo amigo.
Um outro animalzinho.
Um novo emprego.
Nos entregamos em parte.
Tocamos nossa vida.
Quando perdemos um filho
não há troca
O vazio toma conta.
Sofremos em dobro.
Sofremos no todo.
Há um vazio na ação
uma inércia no agir.
Quando morrem.
Morremos aos poucos.
A PALAVRA MARCA
Palavra é marca
do sofrimento.
O sangrar da mente,
machuca o coração.
No verso,
a palavra transforma
alegrias em agonias.
Nos olhos, a dor presente,
lágrimas a escorrer na face
constante lembrar
dos atos inconseqüentes.
A palavra!
Acorda o pensamento.
APENAS UM SEGUNDO
Apenas um segundo
e se esvai mais uma vida.
A troco de nada
apenas uns trocados
guardados na batalha
do dia a dia,
Apenas um segundo
e se esvai mais uma vida.
É a violência imponente,
marcando com dor
aqueles que ainda amam,
de quem um dia lhes deu
amor, carinho e sua vida.
Tudo se torna frágil,
a quem deseja viver,
lutando, labutando
para o sustento da família,
nas mãos de um bandido infame
que não preza os direitos humanos.
Tiraram á vida
de mais um homem.
Meu Deus! Até quando!
Sociedade, isto é vida?
O EGOISMO DO TANGO
O tango penetra
na alma dilacerada.
Na dança unidos
em um só compasso
representam sua dor.
No olhar transferem
toda angustia
num pedido de socorro.
Sentindo cada um
sua amargura.
OBSESSÃO
Quando o amor é obsessivo
perdemos o controle do direito
à nossa vida.
O medo de perder, ou que se perca,
nos torna vulneráveis e submissos
ás suas vontades.
É um amor tão forte e doentio
que culpando-nos pelos fracassos
alimentamos suas loucuras
e alienamos nossa vida insuportável.
Por quê?
Vem a pergunta sem resposta.
E num ato de loucura
abrimos mão desta loucura.
não faz sentido, é pensado
anos após anos
que com desculpas retardamos.
Há sempre bons momentos
risos soltos, palavras amigas.
Há muito amor, desejo de vitória!
Chega à hora do retrocesso.
Da vida passada. O que foi feito.
O que me tornei! Valeu a pena?
-Não! Não há remédio,
tudo foi feito.
Erros cometidos, erros empatados.
Não devo nada.
Sigo minha vida, segues a tua.
Mas com amor ainda te digo:
-Tentei de tudo.
Acabou!
Página publicada em agosto de 2008
|