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LEANDRO SARMATZ

 

 

Leandro Sarmatz (Porto Alegre, 22 de abril de 1973) é um jornalista, escritor e dramaturgo brasileiro.

É descendente de imigrantes judeus, que chegaram ao Rio Grande do Sul na década de 1920. Mestre em Literatura pela PUC-RS, foi colaborador do jornal Zero Hora até 2001, quando se mudou para São Paulo.

Trabalhou como editor das revistas Super Interessante e Vida Simples (ambas da Editora Abril).

Escreveu em 2000 a peça Mães e sogras, que foi publicada pelo Instituto Estadual do Livro do Rio Grande do Sul mas só seria encenada em 2010.

Obras publicadas:  2000 - Mães e sogras (teatro) - IEL-RS; 2009 - Logocausto (poesia) - Editora da Casa; 2010 - Uma fome (contos) – Record

 

Extraído de

 

POESIA SEMPRE.  Ano 13. Número 20. Março 2005. Revista trimestral de poesia.  Editor Luciano Trigo.   Rio de Janeiro, RJ: Fundação Biblioteca Nacional, 2005.  Ilus.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

        Brinde

 

Escombro de mim,
sempre à espera
do messias fajuto
e do dia em que
o luto cobrirá
a noiva sem véu
e a cabeça sem kippá.
Em claro janeiro
às avessas — ritual,
hábito ou mania
hei de erguer a taça,
cortar o pão e anunciar
(sorriso e dentifrício):
a destruição do templo
a prole ensanguentada
a chaminé
o exílio
uma página de livro.

 

Yehuda Há-Levi

 

Logo mais a porta, e atrás jaz a cidade.
Há épocas, gerações, pontos cardeais.

Lá dentro, os telhados e as cúpulas
refletem a luz escassa do findar do dia.

Pensa: Sfarad ficou em algum lugar,
em outra parte, noutra metade,

no oriente e no ocidente, na terra
e nas veias e no ouro. Aqui é leste.

Em algum ponto da Europa, filha
esquiva que, à beira dum abismo,

pisca os olhos e ajeita as tranças,
alguém ou algo: homem, planta,

animal ou pedra, adormece e vai
morrendo aninhado com neve e luto.

Aqui não: há sol, é bem verdade,
um sol todo à vontade, sol a pino

que desfalece as folhas, seca a vida,
enegrece a pele, frita o cocuruto.
Mas é um sol dele. Adonai, sol
que ali pendurado o dia todo fica.

Um sol que ele procura e acha,
mas no fim l(Moisés recalcitrante)

não consegue virar a ampulheta,
e tomba à margem, à porta da cidade.

Morre. Antes, clama ao Deus pesaroso
e cinza: essa nuvem, esse vazio, essa morte.

 

Astúcia

Perito em mim menos eu mesmo
não consigo demonstrar esforço:
se fizer o que gosto com desgosto
é melhor roer meu próprio osso.

 

 

Página publicada em julho de 2018


 

 

 
 
 
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