JOSÉ CARLOS GENTILI
José Carlos Gentili, porto-alegrense, nascido a 30 de maio de 1940, pioneiro de Brasília, advogado, jornalista, empresário, historiador, romancista, conferencista e poeta.
Tem mais de trinta obras publicadas, entre as quais Tempos de Versos (1983); Galo do Apocalipse (1985); Vôo Sideral (1991); Izabel Maria – Duqueza de Goyaz (1995); Quintal do Universo (1996); Um Quarto de Hora (1998); Patrimônio da Capela (2000); Agonia da Solidão (2002); Vastidão do Nada (2005); A Igreja e os Escravos (2006); Fiat Lux – Villa do Acarape, Precursora da Liberdade (2008); Estelo do Mipibu (2009); Orígen de las Almas (2009); José Carlos Gentili - Um cidadão do mundo (2010); Academia de Letras de Brasília: trinta anos de fundação (1982/2012) (coautoria com Romildo Teixeira de Azevedo e Tarcízio Dinoá Medeiros – 2012); Lagoa dos Cavalos (2012); Orígen de las Almas (2ª. ed., 2013); Universo do Verso (2015); A Infernização do Hífen (2015). E, ainda: Cultura de Alpendre; Aldeia do Bispo; Bolsa de Pastor; Terras de Lava; Os Bicentenários da Inconfidência Mineira e da Revolução Francesa. Na área jurídica, publicou Os Bancos de Dados na Sociedade de Consumo e o Código de Defesa do Consumidor (2008).
Também deu a lume poesias, ensaios e ficção em obras coletivas – da Academia de Letras de Brasília: Quintal do Universo; Galo Apocalíptico e A gala do Galo, in Galos da Academia. Coletânea (2013); Literatura e Insularidade: Registros Literários em Mendoza e Brasília, in Pan-americanismo Literário. Encontro Brasília-Mendoza (2013); Brazil – Que Paiz é Este, in Coletânea 2013; Arte de Furtar, in Coletânea 2014; Educação de um Povo: Transcendência Intelectual, in Coletânea 2015; – de outra entidade: O Nascimento, in Bar do Escritor – Tomo IV (2013).
Fez curso de inglês na Georgetown University. É diplomado pela International Police Academy (Washington, USA) e pela Border Patrol (Texas, USA). Tem estudos em Economia e em Matemática Superior pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e Curso de Direito em Brasília e Anápolis, onde, aliás, exerceu magistério superior.
Ingressou nesta Academia em 10 de outubro de 1989. Foi seu Diretor-financeiro por dezessete anos e seu Presidente por oito anos.
Por seus relevantes serviços, em Assembleia Geral Ordinária, realizada a 30 de junho de 2016, foi-lhe dado o título honorífico de Presidente de Honra Perpétuo da Academia de Letras de Brasília.
Integra a Academia das Ciências de Lisboa, como correspondente brasileiro; é Membro Patrono da Associação Internacional dos Colóquios de Lusofonia, com sede em São Miguel, nos Açores; e faz parte do Conselho-Geral do Museu da Língua Portuguesa de Bragança.
Faz parte dos quadros, também, das seguintes outras entidades culturais – em Brasília: Casa do Poeta; Associação Nacional dos Escritores; Centro de Estudos Linguísticos da Língua Portuguesa; Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal; – em Natal: Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.
Foi o criador e o primeiro presidente da Academia Maçônica de Letras do Distrito Federal; e, também, presidente do Clube dos Pioneiros de Brasília.
É verbete no Dicionário de Escritores de Brasília, de Napoleão Valadares (2012).
E se autodefine como Apaixonado pela Capital da Esperança, pela Cultura e pela Educação!
Fonte da biografia: http://acleb.blogspot.com.br
GENTILI, José Carlos. Origen de las Almas. Brasília, DF: Bureau Editorial, 2013. 41 p. ilus. col. 15x21 cm. Tapa: Claudenir Alves Junior. Diseño: Rosângela J. Trindade. Fotografía: Marilene Sampaio Gentili. Ilustraciones (12,13,14,15) ISBN 978-85-61-978-04-04 Ex. bibl. Antonio Miranda
VEJA o livro em formato de E-BOOK: https://issuu.com/antoniomiranda/docs/jose_carlos_gentili
GENTILI, José Carlos. Universo do Verso: Poesia. Brasília: Bureau Editorial, 2013. 296 p. ilus. cm. Prefácio de João Malaca Casteleiro. ISBN 978-85-61978-34-1 Ex. bibl. Antonio Miranda
“A leitura que faço de Universo do Verso, muito peculiar e subjetiva, leva-me a ver o seu conteúdo consubstanciado em três áreas temáticas, de certo modo universais, que percorrem todo o livro e que podem ser representadas pelos verbos existir, ser e estar. Ou, então, se se preferir, consubstanciadas pelos três nomes correspondentes: existência, essência e estância.”
JOÃO MALACA CASTELEIRO
LIMBO
O homem estuda o céu,
Incréu,
Cataloga o imponderável.
Vaticina, murmura,
Rompe o limbo, divaga,
Com sua pequenez cria Deus.
Engendra a máquina do tempo.
Pensa que o bem é
Criação insólita dos homens.
Tudo é simples e natural, afinal.
A essência imaginária antecede
O ser.
QUIETUDE
A quietude do silêncio
Amaina o corpo,
Agita a alma.
A quietude, mansamente,
Aplaca a dor e
Agiganta o sentimento.
A quietude, como oásis sonoro,
Rasga a dimensão
Do universo do som.
Voz prenhe de gritos
Na garganta do mundo!
MONGE
Brilha a luz ao longe.
Cintila a luminosidade do monge,
Irradiada do pensamento
do seu amor maior!
Farol rasgando trevas.
Luz cegando gente
Que pensa que vê!
Escuridão dentro da noite
Da razão do homem.
Brilha a luz do monge,
Ao longe,
Iluminando os caminhos
De quem ruma a esmo,
A procura de si mesmo!
A TERRA É TÃO FRÁGIL
A Terra é tão frágil, pequena,
Que nem Terra deveria chamar-se.
Desértica na imensidão das areias,
Onde os simuns sobem aos ares
Como ventos mágicos, turvos mares
De areias, de dunas esvoaçantes.
A Terra é tão frágil, pequena,
Que água, sim, deveria chamar-se.
Na imensidão das florestas verdes
Onde a natureza guarda as figuras
Mágicas dos seres/bichos sem almas,
Dormem os homens de centelha divina.
A Terra é tão frágil, pequena,
Que deveria ser tutelada por Deus.
VASTIDÃO DO NADA
Homem é no cosmo,
Partícula do universo.
É como chama na luz!
Fagulha no sol do amanhã!
É criador e criatura,
Conteúdo e continente.
Realidade na fantasia,
Imaginário na magia.
Fugaz relâmpago
Na noite do tempo.
E, ainda:
Tudo — vastidão do nada!
PARALELAS
A dualidade integra o todo.
Compõe a unidade.
O tempo é criação humana.
Não tem idade.
A forma é passageira
Fugaz, ligeira.
O brilho é explosão.
Ação, luz, visão.
As retas, paralelas,
Encontram-se no infinito.
Incongruência na universalidade.
Realidade entre os homens.
A saga do amanhã é anseio
De quem vive agora.
Página publicada em fevereiro de 2018
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