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JOELSON RAMOS

 

RAMOS, Joelson.  Elegias Prozac+Annas & Outros poemas.  Posfácio de Ésio Macedo Ribeiro.   Porto Alegre, RS: Brejo Editora, 2006. 88 p.  11x19 cm.  Projeto gráfico e execução: Marcos Lindenmayer. Livro acoandicionado em uma caixa imitando uma caixa de remédios de tarja vermelha contendo trinta “poemas-drágeas”.  ISBN 85-99450-03-4 “Esta edição é composta por 480 exemplares numerados de 1 a 480 e por 20 exemplares numerados de I a XX assinados pelo autor e com uma bula introdutória litografada.”   “ Joelson Ramos “  Ex. n. 349 na bibl. Antonio Miranda.

 

“A vivacidade e o interesse literário de Joelson Ramos brotam do furor que, nele, parece transbordar”.

“O sedutor e original título, Elegias Prozac+Annas & Outros Poemas, já nos dá uma pista sobre o que nos espera no interior do invólucro. Embora o termo "elegias" nos remeta aos poemas líricos de tons geralmente temos e tristes — esta é uma característica da poesia e da pessoa de Joelson —, compostos de versos hexâmetros e pentâmetros alternados, elas não têm presença neste livro, pela ausência do tom lamentoso e da métrica inerente à elegia. Pois Joelson faz poesia moderna, mas de tonalidade sombria, numa provável reverência aos poetas simbolistas franceses, em especial, a Arthur Rimbaud, que comparece no livro, no poema-homenagem "No túmulo de Rimbaud".”

Em muitos momentos sua poesia sugere guinar para o prosaico — dadas as devidas diferenças —, à moda de Arthur Rimbaud e, ainda e principalmente, dos poetas beatniks norte-americanos, mas, quando isto acontece, o modernismo irrompe enxugando o possível jorro poético que poderia advir da combinação subjetiva de sentimentos e de pensamentos, como acontece com a poesia simbolista, por exemplo.”  ÉSIO MACEDO RIBEIRO

 

REPEAT

 

Ávida plena é enormemente ou mais

comigo junto.

Orbitar os seres desloca.

Somos todos exorbitantes.

Por lá e por ali com muitos,

bifurcando-se poucos em poucos,

restando sozinho,

orbita, mas difere

entre os diferentes, todos indiferentes,

num só templo em si.

Todos não contemplaremos nem tudo.

No fim, cansaço.

Pra tudo um fim, pra tudo um asco.

Pró resto de nós, o reinado de si mesmo.

Na última faixa, o obrigado.

 

 

NO ANO EM QUE MORRE GlNSBERG

 

Estou aqui, me lixando pra,

quero glórias e pompa,

sou o esgrimista do controle remoto,

das alturas de um sofá,

indiferente ao apego,

por polegadas digitais,

de entes queridos

gemendo de dor ou alívio.

Travado ao uivo, filiação e dom.

Mantras fixações faroeste inútil

e o mundo em lampejo.

 

Seu fígado carcomido,

células psicóticas,

recebeu a visita do beatnik Burroughs,

no hospital, quarto e roupas de cama

brancas./Corta:

 

— Querido Allen, a morte...
— Não tenho medo, eu estou exultante.

 

 

TEATRO COMPLETO

 

O sujeito conjugou alguns verbos.

Na prática, preferiu o silêncio.

Tinha de buscar algo que não sabia.

Seguir um destino sem.

 

 

ELEGIA PROZAC + ANNA 50 mg

 

Contra minha vontade,

escrevo, tédio sem arte

é o que escrevo uma arte

antitédio, eu

compelido ao convívio,

não vivo de arte,

por minha vontade,

nem sei bem o que é arte:

cresci.

 

Gramaticável tornei-me e incomensuravelmente

                                                           [ delirantes

foram as narrativas que eu vivi.

 

Dois de mim se encontram aqui:

o que consome (e) o consumido.

 

 

Página publicada em setembro de 2014.

 

 

 


 

 

 
 
 
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