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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



JOÃO ANGELO SALVADORI

 

Nasceu e sempre morou em Porto Alegre.

 

Livros de poesia: Mapas & Mudas (1985), Entre Quatro Palavras (1991) e Teleférico (2004).

 

“Ao contrário da maioria dos poetas da nossa geração pós-moderna (década de 1980), excelentes diluidores dos modelos consagrados, João Ângelo Salvadori é um dos poucos a estabelecer um diálogo renovador com a poesia do alto modernismo.”

RONALD AUGUSTO 

 

 

 

SALVADORI, João Angelo. Teleférico. Porto Alegre, RS: AMEOP – ame o poema editora, 2004.  112 p.  11 p. 13X18,5 cm. Fotos: Clovis Dariano.  ISBN 85-98240-09-5  “ João Angelo Salvadori “  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

não a palavras, a reza,

silêncio no escuro

entre quatro palavras

não a escada, o nada

aberto ao céu por um pêndulo

de onde choverá

e nunca será água

mas a trégua em que ela,

mansa, desmaia.

nem amanhã nem memória.

domingo onde se entoa um hino,

meio-dia, reovoada.

não a preguiça, a despressa,

mesa posta num navio.

não o que se dobra, se explica,

nem a imagem em que foi transcrita.

ainda assim eu a digo.

 

 

BAR O.

 

corpos filtrados

por corpos

rajadas cruzadas

de olhares

o pássaro do desejo

que nunca pousa.

 

 

não somos os donos da língua

 

 pegamo-la emprestada

de além mar

de além-túmulo

de um pai ou pátria

que nos renega ou nos mima 

 

os investidores talvez venham

um dia

cobrar sua

usura 

 

mas já não poderemos devolvê-la

pois a consumimos

a mascamos

revendemo-la como mascates

nas feiras 

 

eles que lancem novamente ao mar

suas caravelas. 

 

 

é dia. e tudo que eu sei

me sobra. acordei três vezes

me benzi na pia. a luz sempre vem.

alguém sempre vem. é o que eu sempre

dizia. agora não dobras mais os sinos.

senão eu ouviria. ainda assim, é dia.

e nada que eu sei me assombra.

antes do fim, a luz me adia.

 

***

 

depois de me desmontar

e remontar

o que você fará

com o que sobrar?

 

 

***

 

faróis desligados

os namorados

e a Via Láctea

 

***

 

 

sinos do Centro

o som não vem da igreja

vem de dentro

 

***

 

 

dia muito frio

o vento desalinha

a plumagem do passarinho

 

***

 

espelho no corredor

um estranho passa

com as minhas roupas

 




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