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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: http://www.mallarmargens.com

 

ÉLVIO VARGAS

 

-É poeta alegretense, com dois livros publicados: O Almanaque das Estações, editado pelo Instituto Estadual do Livro-RS, 1993; Água do Sonho, edição do autor, em 2006. Em 2 de abril de 2013, lançou seu trabalho mais recente: Estações de Vigília e Sonho - Poesia Reunida com Inéditos, em Porto Alegre. Têm participações em mais de quarenta e cinco obras, inclusive em antologias no exterior. Nestas, os poemas estão traduzidos para vários idiomas: espanhol, francês, alemão, inglês e italiano. Ocupa a cadeira número 6 na Academia Rio-Grandense de Letras. Sites: http://assisbrasil.org/joao/elvio.htm / www.arl.org.br

 

 Extraído de 

 

COLETÂNEA DE POESIA GAÚCHA CONTEMPORÂNEA.
 Organizador Dilan Camargo.  Porto Alegre: Assembleia
 Legislativa, 2013.  354 p.  ISBN 978-85-66054-002
 Ex. bibl. Antonio Miranda
 

 

Poética  

Quando vem a vida
no seu pleno sustento
amparada por largas e longas asas
sobrevoando o silêncio
dos telhados de arminho
navegam com ela
na mansa ondulação dos nimbos
crianças inocentes, envoltas
em folhas, ramagens e pergaminhos.
Alfombras de símbolos, criptografias
esperam-nas para o grande voto
sacerdotal das palavras.
Muitas nem conhecerão o batismo
e rumarão para a enseada dos limbos
outras carregarão vergadas, o peso
do fado anunciado no código dos versículos.
Afinal, porque o elo que une tantos idiomas
vale mais que reinos, derruba imperadores
e tem a leveza da oração ou a fúria das pragas.
Seus mantras melódicos guiam pastores
hierofantes, vates e toda a hierarquia dos magos.
A palavra quando emerge
do pântano aquoso das bocas
é gutural, primata, som
que perturba, castiga, enternece.
Quando vem a vida...

 

Barata 

Marron, misógina, divina!
obra-prima clariciana
porta-aviões recheado
essência de giz e coco.

  

 
 

Faruk

               O sono em que dormi
         viera jejuado
         por intensas vigílias
         acesas na pele
         de pêssegos maduros.
         Os turbantes de Faruk
         ganharam a esguia
         forma das serpentes.
         A frágil seda das franjas
         tramava com os elos da escuridão
         uma resistente e mortal
         asfixia pelo nó.
         Tudo aquilo que era esboço
         consolidou a forte
         musculatura do ataque.
         O réptil viria pelas frestas
         da sombra...

 

 

 

 

Página publicada em maio de 2018

        

 

 

 

 
 
 
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