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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 


 

ANÍBAL TEÓFILO

 

 

Aníbal Teófilo (Três Passos, RS - 21 de julho de 1873 — Rio de Janeiro, 19 de julho de 1915) foi um militar, político e poeta brasileiro.

Oficial do exército serviu na Amazônia entre 1903 e 1912, onde chegou já como poeta consagrado. Retornou ao Rio de Janeiro, onde foi encarregado da administração do Teatro Municipal de São Paulo.

Deputado federal, morreu assassinado pelo escritor Gilberto Amado, também deputado, no salão nobre do Jornal do Commercio no Rio, em virtude de desavenças por causa das críticas jornalísticas de Gilberto à amigos escritores.

É patrono de uma das cadeiras da Academia Rio-Grandense de Letras e da Academia Amazonense de Letras. Seu único livro publicado é Rimas, de 1911.

Uma história curiosa sobre ele diz que, no seu enterro, cumprindo sua última vontade, seus amigos - incluindo entre estes o poeta Olavo Bilac - encharcaram seu cadáver com litros de um perfume francês bastante popular na época, chamado "Idèal de Hubricant", antes de sepultá-lo.

 

 

TEXTOS EM ITALIANO

 

 

A Cegonha

 

Em solitária, plácida cegonha,

Imersa num cismar ignoto e vaga,

Num fim de ocaso, à beira azul de um lago,

Sem tristeza, quem há que os olhos ponha¿

 

Vendo-a, Senhora, vossa mente  sonha

Talvez, que o conde de um palácio mago,

Loura fada perversa, em tredo afago,

Mudou nessa pernalta erma e tristonha.

 

Mas eu, que em prol da luz, do pétreo, denso

Véu do Ser ou não Ser, tento a escalada,

Qual morosa, tenaz, paciente lesma,

 

Ao vê-la assim mirar-se n’água, penso

Ver a Dúvida Humana debruçada

Sobre a angústia infinita de si mesma!

 

                                                           (Rimas)

 

 

 

Horas roxas

 

É nas horas como esta, em que o céu dolorido

De uma cinza-lilás impalpável se abruma,

Que mais me abate e alenta este sonho em que lido

A finas frechas de ouro e carícias de pluma.

 

É quando mais me oprime a saudade da espuma

Rósea, vida e fulgor de um semblante querido...

Do nosso extremo adeus, e do passado de uma

Vez para agora em nuvens más perdido.

 

Horas que traduzis em delírios enfermos:

- Amplos quadros boreais, luares branqueando lousas,

Cortejos de ilusões fantasmeando por ermos...

 

Jamais vos maldirei, doces horas tiranas,

Que fazeis vir à luz a  mais santa das cousas,

- O pranto, a prosa real das fraquezas humanas.

 

                                                                   (Ibidem)

 

 

Súplica

 

A provar que hei perdido a segurança

Desde, Senhora, que cheguei a ver-vos,

Ao juízo recusam-se-me os nervos,

E sucede-me insólita mudança.

 

Tremo por mim, pesar que a linda e mansa

Face vossa me induza a vir dizer-vos

Esta infinita insânia de querer-vos

E na alma quanto sinto de esperança.

 

Apiedai-vos de mim, cuja loucura

Em toda parte só divisa abrolhos

Depois de ter o olhar de leve posto

 

Em vosso airoso talhe, em vossa alvura,

Nas duas noites que mostrais nos olhos,

Nas duas rosas que trazeis no rosto.

 

 

DIANTE DO ENÍGMA

          A Gregório Fonseca

De onde vim eu para o Mundo,
Para onde vou, a que vim,
Que não sei nada de mim?

Sobre o mistério profundo
Da Origem vivo a cismar
Sem conseguir decifrar
De onde vim eu par ao Mundo.
Entro, olho, sondo, aprofundo,
E inquiro ao que vejo e a mim:
— Para onde vou? A que vim?

Corro em pensamento o espaço,
Estudo a Alegria, a flor,
O Sonho, o pássaro, a Dor,

O Universo, traço a traço,
E em vão tanto esforço faço..
Sinto que estou como vim,
Que não sei nada de mim!

De tudo que a Natureza,
Muda e eterna, ostenta à luz,
De quanto a Ciência deduz,
Só tenho certo a incerteza
Do que ora sou. Que surpresa
Pois, é a que me espera a mim,
Para onde vou? A que vim?

Por aprazer que Vontade,
Por irrisão de que Ser,
Olvido de que Poder,
Força de que Potestade
Estou nesta soledade?
Por que e para que vim,
Que não sei nada de mim?!

    (Rimas. Porto, Portugal: Livraria Portuense, Lopes & Cia, 1911)


TEXTOS EM ITALIANO

 

Extraído de

MIRAGLIA, TolentinoPiccola Antologia poetica brasiliana.  Versioni.  São Paulo: Livraria Nobel, 1955.  164 p.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

LA CICOGNA

La solitária, plácida cicogna,
Immersa in un pensiero ignoto e vago,
Mentre tramonta, sopra azzurro lago,
Cuardare con tristezza vi abbisogna.

Vedendola, Signora, forse sogna
Che il duro conte d'un palagio, mago,
Bionda fata, perverso, per suo svago,
Mutò nell'erodiona che trasogna.

Ma io che, per la luce, il velo denso
DelL’assere o non esser, diradando,
Tento, tenacemente, il duro accesso;

Al vederla mirarsi in acqua, penso
Vedere il dubbio umano meditando
Sull'angustia infinita di sè stesso.

 

LA SPERANZA

Dolc'espressione che racchiude il bene,
Mago effluvio che emana dal perfetto;
Promessa dell’estranee terre amene,
Forza di tutti i cuori in ogni petto.

Che sarebbe dei mondo, nelle pene
Della vita, l'eterno e tetro aspetto,
Senza di te, che dai quel che conviene,
Sin'alla pace dell’estremo letto ?

Benedetta sii tu, piena di grazia,
Per il divino ben che mi lenisce
Questa grande, recôndita tristezza.

La ventura tu sei nella disgrazia,
Sprazzo di ciei, che sempre mi apparisce,
Nell’angustia crudel deH'incertezza.

 

Página preparada por Maria da Graça Miranda da Silva – nov. 2013; ampliada e republicada em agosto de 2015; ampliada em dezembro de 2015.

 

 

 
 
 
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