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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

http://poetasdobrasil.blogspot.com.br

 

 

ALEXANDRE BRITO

 

 

Alexandre Brito é poeta, músico, letrista, editor e produtor cultural. Nascido em Porto Alegre, começa sua trajetória como poeta nos anos 80, em Belo Horizonte. No ano de 1986 publica Visagens pela Editora Arte Pau Brasil. Em São Paulo juntamente com o poeta e jornalista Fred Maia, participa ativamente da “Edições Nômades”, editora que publicava poemas em vários suportes (livro, poster, cartão, postal, camiseta) usando a técnica da gravura serigráfica. Com os poetas Paco Cac e Samaral (Rio de Janeiro), publica uma série de Jornais poéticos 1990, 1991, 1992. Idealizou e coordenou como editor a Coleção de poesia Petit-Poa (em sua primeira fase; formato das caixinhas) para a Coordenação do Livro e Literatura da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre, quando foi publicado “Zeros”.

 

Também produziu eventos como o 2° Poetar (1991/SMC-POA) e a 1ª Semana da Fotografia de Porto Alegre (1993/SMC-POA). Tem poemas publicados em diversas antologias e revistas especializadas. Seu primeiro livro infantil "Circo Mágico" será lançado pela Editora Projeto em 2006. Integrou a Banda “Os Três Poetas” com Ricardo Silvestrin e Ricardo Portugal.  Integra hoje a banda “os poETs” com os poetas/músicos Ronald Augusto e Ricardo Silvestrin, desenvolvendo trabalho como letrista, compositor e intérprete. “os poETs” acabam de lançar pela YB Music o Cd “Música legal com letra bacana”. É responsável com Ricardo Silvestrin pela editora AMEOP.

 

 

De

O fundo do ar e outros poemas

Porto Alegre: AMEOP – Ame o Poema Editora, 2004.

ISBN 85-98240-13-3

 

 

escrever

seguir o curso

entre a surpresa e o susto

 

ler as entrelinhas

como o vento nos arbustos

 

***

 

paciência de tartaruga

cem anos

em cada ruga

 

***

 

ando não sei onde

sob o asfalto

os trilhos do bonde

 

***

 

chuva fina

calçada molhada

nem o domingo saiu de casa

 

***

 

vento transparente

vens

 

***

 

vôo de borboleta

do mundo das coisas

pro mundo das letras

 

***

 

lâmpada queimada

onde está a luz

que aqui brilhava?

 

 

 

De
Alexandre Brito
metalíngua
Porto Alegre, RS: Editora Éblis, 2010. 
32 p.  (Coleção Poesia)

Alexandre Brito esteve em Brasília no final de janeiro de 2010, participando do Verão Literatura, no Conjunto Conic, onde adquirimos um exemplar deste seu novo título. E vale conferir a dedicatória: "Ao Poeta Antonio Miranda, meus poemas MEATALINGUARUDOS"...

 

a língua

é uma serpente sem pele e sem dentes

 

emblemática

morde a si mesma com as gengivas de um velho diabo

 

já foi minha vizinha

mas no mês passado mudou para endereço ignorado

 

não bate bem do firmamento

tem a cabeça cheia de vocábulos

 

a víbora linguística diz

que do pensamento é o substrato

 

no ápice do eclipse

em nominar o inominado insiste

 

e só não é deus não porque não quer

mas porque ele não existe

 

 

A REALIDADE É UMA OFICINA PIROGÊNICA

 

no sopé

da grande bunda pasmacenta

a cloaca sagrada expele repugnâncias e bem-aventuranças

que o artista decompõe pacientemente em seu

atelier psicobélico de inutilidades

 

cada fibra

cada naco putrefato levado ao sol

cada rejeito dejeto embalagem plástica reciclada

uma fratura exposta, acinte-impropério, artefato belicoso

sob encomenda para a Bienal Internacional das Artes

de São Joaquim de Campos Leão

 

 

enquanto isso a cidadela se diverte

na opulência de sua indiferença degenerada

costela gorda chiclete com farofa drogas mentiras

                                                        [e sexo pago

integralmente deduzível da pessoa física

 

 

 

Extraído de
 

                COLETÂNEA DE POESIA GAÚCHA CONTEMPORÂNEA.
         Organizador Dilan Camargo.  Porto Alegre: Assembleia
         Legislativa, 2013.  354 p.  ISBN 978-85-66054-002

         (um metapoema:)    

 

         cem mil páginas variadas
        
e o pensamento ainda é o fumo de uma incandescência
        
         ao trocarmos o endereço do mundo por um quando qualquer
         impõe-se o ofício inútil de criar

         em sucessivas camadas de significados
         finamente sobrepostas dispostas no ar como poemóbiles
         em ciladas tramadas como palavras concatenadas
         à semelhança de organismos vivos
         ou por ideias descabidas de nascença
         num palavreado torto e desnecessário por vocação
         se um inventário de novidades póstumas é incinerado
         o rebento mundo novo de um poema eclode

         e assim
         chegada ao fim a jornada extenuante
         após garimpar arqueologicamente o léxico feito um xamã-designer
         e sondar o Cosmos como galileu galilei
         o quartzo de um instante ganha forma de signo
         grita a navalha pela boca de um livro:

         o poema
         o poema é um ser vivo.


BRITO, Alexandre.   Seleta esperta.     Porto Alegre: Castelinho Edições, 2012.   36 p.           ISSN 978-85-9824O-25-1   Série Instante Estante.  
                      
Ex. bibl. Antonio Miranda /  doação do livreiro Brito – DF

 

 

escrever
seguir o curso
entre a surpresa e o susto

ler as entrelinhas
como o vento nos arbustos

*
voo de borboleta
do mundo das coisas
pro mundo das letras



*
depois da chuva o frio
o dia dominga
primavera bem vinda



*
enquanto o sono não vem
leio os poetas russos

todo bom poema é um obus
um abuso

ouso palavras foguetes
para alcançar teu escudo

fazer o escuro explodir
vermelho rubro

o que não sei
descubro
entre o muro e o musgo


*
o evangelho da beleza

adeus marcas de expressão
falhas, defeitos, imperfeições do corpo
adeus, não representam mais problema
já não causam tanto mal

a pele, a madeixa, a cor do olho
a um clique de photoshop apenas
e para a feiura extrema, desmedida
a cirúrgica maquilagem definitiva

adeus manchas, pintas, cicatrizes
sinais de nascença, estrias, varizes, adeus
adeus, até nunca mais!

rugas, calos, verrugas
idiossincrasias individuais, adeus
na era digital sumiram as nossas digitais

 

*

VEJA e LEIA outros poetas do RIO GRANDE DO SUL em nosso Portal:

 

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/rio_grade_sul/rio_grande_sul.html


Página publicada em fevereiro de 2023


        

        

 

 

 

 

Página publicada em junho de 2008-06-25;ampliada e republicada em janeiro de 2011; Haicai, hai kai, hai ku. Ampliada e republicada em maio de 2018.




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