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TANUSSI CARDOSO

E carioca, jornalista, bacharel em direito, licenciado em Inglês. Poeta, contista, critico literário e letrista. Livros: "Desintegração" (Ed. do Autor, 79/RJ), "Boca Maldita" (Ed. Trote, 82/RJ) e "Beco com saídas" (Ed. Edicom, 91/SPJ, Prêmios UBE/RJ e UBE/GO. Em 2000, lançou "Viagem em Torno de", pela Ed. 7Letras/RJ. Em 2003, lançou "A Medida do Deserto e outros poemas revisi­tados", inserido na coletânea de poemas "Rios" (Ibis Libris/RJ). E colunista do jornal RIO LETRAS, e Vice-Presidente do Sindicato dos Escritores do Estado do Rio de Janeiro.
 

TANUSSI EM ESPANHOL – por ANTONIO MIRANDA – ENSAIOS, RESENHAS

Legado

o homem morreu

deixou
o cão/ o câncer/ o corpo/ o cofre/ os milhos

deixou
o hereditário ódio

para dividir entre
os filhos

 

Os olhos nos desvãos

O pijama despido do corpo dorme seus sonhos
  O rosto no retrato estampa uma febre antiga
     O piano dedilha memória e descompasso
        O fantasma de um gato descansa no sofá
           A escada suspira os passos dos homens
              No escuro as coisas brilham seus nomes

 

O afogado
nu
na lisura das primeiras ondas
O amante do pôr-da-so
Um deus
face ao sagrado
Um medo
face ao degredo

O afogado
dividido
entre o mar e a secura
Como se a morte fosse
a possibilidade do desejo
ou do deserto

O afogado
as algas beijam-no
Ulisses
face ao ciclope
Ninguém / musgo
O amante do sereno

O afogado
livre
não cabe
nas intenções
do gesto
ou
na perspectiva do Sábado

O afogado
agora
é o que se perpetua
no peixe

 

(Extraído de República dos Poetas; antologia poética. Rio de Janeiro: Museu da República Editora, 2005)


CARDOSO, TanussiViagem em torno de.  2ª edição. Rio de Janeiro: 7Letras, 2001.  80 P.   cm.   ISBN 85-7388-173-9  “Prêmio ALAP de Cultura 2000” e “Prêmio Capital Nacional – 2000  Jornal o Capital, Aracaju, SE”  Col. A.M.

 

 

AS MORTES

 

quando o primeiro amor morreu

eu disse: morri

 

quando meu pai se foi

coração descontrolado

eu disse: morri

 

quando as irmãs, mortas

a tia morta

eu disse: morri

 

depois, a avo do Norte

os amigos da sorte

os primos perdidos

o pequinês, o siamês

morri, morri

 

estou vivo

a poesia pulsa

a natureza explode

o amor me beija na boca

um Deus insiste que sim

 

sei não

acho que só vou

morrer

depois de mim

 

QUADRIGRAFIAS: Elaine Pauvolid, Márcio Catunda, Ricardo Alfaya, Tanussi Cardoso. Rio de Janeiro: Uapê, 2015.  212 p.  14X21 cm.  ISBN 978-85-8154-017-7  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

ASAS

 

Dentro de mim

existem asas.

 

Às vezes, voam

para viverem o sonho

de completude

e amplidão.

 

Pura ilusão.

 

Voltam a habitar

o seu lugar seguro.

 

Liberdade não precisa de asas

para sair do escuro.

 

 

AUTORRETRATO

 

O tigre, em silêncio,

é o que penso.

 

Quando ataca,

é o que posso.


DOS SIGNIFICADOS

É o poema aquilo que tentamos
        ou seus tentáculos?

É o poema labirinto de encantos
        ou esfinge de desencontros?

É o poema o que possuímos
        ou o que está solto?

 

TEXTO EN ESPAÑOL

 

Tradução de LEO LOBOS (Chile, 2013)

 

DEL APRENDIZAJE DEL AIRE

Imaginemos el aire suelto en la atmósfera

el aire inexistente a la luz de los ojos

imaginemos el aire sin sentirlo

sin el sofocante olor de las abejas

el aire sin cortes sin fronteras

el aire sin el cielo

el aire del olvido

imaginémoslo fotografiado

fantasma sin textura

moldura inerte

cuadro de sugestiones y apariencias

imaginemos el aire

paisaje blanco sin el poema

vacuo impregnado de Dios

el aire que sólo los ciegos ven

el aire el silencio de Bach


Imaginemos el amor

Así

 

 

 

DO APRENDIZADO DO AR

 

imaginemos o ar solto na atmosfera /  o ar inexistente à luz dos olhos / imaginemos o ar sem senti-lo / sem o sufocante cheiro de abelhas e zinabre / o ar sem cortes e fronteiras / o ar sem o céu / o ar de esquecimentos / imaginemos fotografá-lo /fantasma sem textura / moldura inerte /quadro de sugestões e aparências / imaginemos o ar / paisagem branca sem o poema / vácuo impregnado de Deus / o ar que só os cegos vêem / o ar silêncio de Bach // imaginemos o amor /assim como o ar


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