Foto: http://ocasoespetacular.blogspot.com/
STELLA RODOPOULOS
Stella Alexandra Rodopoulos nasceu em Itacurussá —; RJ
veio para Brasília no ano de 1960.
Escreve poesia e literatura infantil.
Na Capital Federal tem participado de importantes eventos culturais. Classificada em primeiro lugar no Concurso Feminino de Poesia da Rádio e TV Record, de S. Paulo, em 1959. Em 1961 lançou seu primeiiro livro "O Segredo do Amor".
Faleceu em janeiro de 2012.
POETAS BRASILEIROS DE HOJE, 83. Coordenação Editorial: Chantal Lesbaupin. Editor: Christina Oiticica. Rio de Janeiro: Shogum Ed. e Arte, 1983. 157 p. 18x21 cm Ex. bibl. Antonio Miranda
ESPERANÇAS CONCRETAS
Há um clarão marcante
Nos passos dos dias que virão
Há nos sonhos de um gigante
Uma única esperança
De crescer mais e mais
Para tocar o céu com sua mão
Há nas linha do horizonte
O olhar sereno de um Deus
Há nas águas de uma fonte
O sorriso de uma criança
A buscar na correnteza
A morte eterna do ADEUS!
Há no canto da cigarra
Uma vida a se findar
Há no toque da guitarra
Notas doces me beijando
E eu pedindo aos santos deuses
O divino dom de sempre amar.
De Coração Jovem
O RESGATE DA PALAVRA: I Antologia do Sindicato dos Escritores do DF. Brasilia: Thesaurus, 2009. 156 p.
ISBN 978-85-7062847-3 Ex. bibl. Antonio Miranda
O que há de vir
Quero fazer o meu poema um bálsamo
em vez de um canto de agonia.
Mesmo que as rimas não concordem,
porei todo o canto na poesia.
Das rosas pálidas do dia
para que não sintam à noite
uma vida insípida, vazia.
Semearei o verde do deserto
com a mais perfeita harmonia.
E o beduíno viajor
não sofrerá tanta agonia.
Reunirei tudo o que é belo,
sem esquecer o canto da cotovia.
Entregarei Romeu e Julieta
para que a vida lhe sorria,
mesmo que as rimas não concordem
darei um mundo novo a poesia.
O sentido do amor
Vejo o sol, admiro a lua,
e a luz dos astros cega,
porque minha alma carrega
os sonhos que habitam as ruas.
Sou a negrura da noite,
que teme a luz do dia.
Sou a água que brota da fonte,
parceira triste da rocha fria.
Meus prazeres transporto
nas asas dos pássaros cantantes;
e minhas dores conforto
no teu olhar acariciante.
Êxtase
Foste tu, Musa inspiradora do Amor,
que me fizeste admirar o misterioso universo.
Foste tu que me fizeste amar o inimigo,
transformando minha vida num lindo verso.
Comecei a amar, com todas as forças,
as flores, os pássaros, este céu infindo...
A noite me envolveu em seu manto
e o dia me sussurrou um canto lindo.
Por que era eu indiferente outrora...
aos pássaros, aos seres, a toda esta fantasia?
Por que temia a noite fria e silenciosa
se depois viria um novo dia?
FOTO: a jornalista Maria Félix, Gustavo Dourado, Stella Rodopoulos e Antonio Miranda,(Diretor da biblioteca Nacional de Brasília) em 9 de março de 2008
Página publicada em julho de 2020;
Página ampliada em setembro de 2020
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