Foto e biografia: http://www.glan.com.br/
PEDRO VIANA FILHO
O poeta Pedro Viana nasceu em Barra do Piraí e desde 1942 mora em Volta Redonda, onde se dedica à educação e à cultura. Em 1996, recebeu o título de "Cidadão Voltarredondense". Licenciado em Estudos Sociais pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Volta Redonda, tudo o que faz o professor, trovador e poeta transforma em poesia. Boa parte de seus trabalhos na região é divulgado por meio do Glan (Grêmio Literário de Autores Novos), que a cada ano vem revelando nomes para a literatura do município. Em Barra Mansa integrante efetivo do Grebal (Grêmio Barramansense de Letras).
Entre dezenas de prêmios alcançados, Pedro Viana considera sua maior vitória o convite que teve para ir à Brasília, afim de ser agraciado com a "Láurea Internacional de Literatura", por intermédio da OICC (Ordem Internacional das Ciências, das Artes, Letras e da Cultura), em 2001.
Pedro Viana tem alcançado vitórias em concursos de poesias em quase todo o território nacional. Em salvador, no "II Concurso de Poesia", promovido pela Poebras, foi classificado em primeiro lugar com o poema clássico "Parabéns, Meu Brasil", o qual foi declamado em Caxias do Sul, por ocasião da tradicional "Festa da Uva".
No Paraná, conseguiu o primeiro lugar no concurso literário, promovido pela Academia de Letras de Maringá com o Soneto da Cordialidade. Antes da viagem, recebeu uma homenagem da direção da Escola Municipal Jesus Menino, no Belmonte, onde foi montado um estande com seus livros, fotos e troféus na "Mostra Literária". Os livros de Pedro Viana podem ser encontrados nas livrarias "Veredas" e "Pioneira Evangélica".
GOMES, Jean Carlos. Canto a minha cidade. Volta Redonda – RJ. Jean Carlos & Amigos. (Pedro Viana Filho; José Huguenin; Lourildo Costa; Luciano Baptista Domingos; Márcio Castilho; Mari-Lei Nobre Ferro e Silva; Rafael Clodomiro; Renata Orlandi; Thereza Salgado Lootens y Gil; Alzira Ramos da Silva; Vicente Melo; Roberto Guião de Souza Lima. Prólogo por Alexei Bueno. Barra Mansa, RJ: Gráfica Drumond, 2020. 69 p. 15 x 21 Ex. bibl. Antonio Miranda
Dos ínvios cerros espargindo olores,
um vento forte a debruçar ramagens,
e dos arbustos a arrancar folhagens,
transforma a relva em estendal de flores!
E num dealbar sublime de esplendores,
o sol fulgente, a decorar paisagens,
no campo agreste projetando imagens,
é um mar de luz de divinais fulgores!
Cortando a encosta da altaneira serra,
corre um regato fecundando a terra
e se transforma em gigantesco véu.
Este espetáculo de real beleza
é o cenário gentil que a natureza
repete sempre, como um dom do céu!
ou "Crepúsculo":
Vivi o amor; a ânsia do amor: a vida
primaveril da bela juventude;
o sol ardia n'alma embevecida,
com toda a força, em sua plenitude!
Vivi esta ilusão desvanecida
da vida, numa efémera quietude!
Hoje, saudosa da estação florida,
minh'alma ascende em vã solicitude!
O dia passa e dá lugar à tarde;
o sol declina, já sem luz, não arde;
a noite chega, se despede o dia!
E quando o sol descamba no poente,
sinto saudade de um amor ausente,
e sinto n'alma como a noite é fria!
ou, ainda, a que, me parece, é como que um poema de encerramento de um livro: "Paz e amor", devido à força de seu último verso, ao seu incontestável fecho de ouro:
Em vez de guerra, vou fazer amor.
Em vez de ódio, te darei carinho.
Por entre espinhos colherás a flor;
Num mar de beijos vou fazer meu ninho.
Se o mal vier, suportarei, a dor,
pois nesta vida não serei sozinho.
Mesmo no frio eu sentirei calor:
Estás comigo em todo o meu caminho.
E vou seguindo pela estrada afora,
ganhando amigos ao romper da aurora,
cantando amor enquanto existe vida!
Quando atingir o termo da jornada,
espero um beijo da mulher amada
e muitas flores como despedida!
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Página publicada em dezembro de 2020
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