NEY VALENÇA
Ney Valença é Poeta, Músico, Compositor. Seu nome real é Sidnei Valença. Nascido no Rio de Janeiro, em 1955 de onde veio para Brasilia quando seu Pai, militar, fora transferido em 1961, um ano após a inauguração da Nova Capital. Ney Valença escreveu dois livretos de Poesias, ABRAÇANDO A POESIA, em 2016 e ÚLTIMAS GOTAS, em 2017, produção independente.
Ney Valença participou e venceu vários Festivais de Músicas na década de 90, participou e expôs seus Livros na III Bienal do Livro de Brasília e também da 33a Feira do Livro de Brasilia. Membro da Academia Cruzeirense de Letras/DF, Participe do Coletivo de Escritores Celeiro Literário Brasileiro, Leia-me, do qual é co-gestor. Também é Diretor na ONG. FIRHMA -Fundação Internacional de Recursos Humanos e de Proteção ao Meio Ambiente.
Membro da Academia Cruzeirense de Letras, Cadeira 18 – Patrono: Olavo Bilac.
COLHEITA 2, Celeiro Literário Brasiliense, Leia-me; organização e correção de Ronaldo Alves Mousinho. Brasília, DF: Arteletras Editora, 2017.
132 p. ilus. 14,5 x 22 cm. ISBN 978-85-9506-038-8 Ex. bibl. Antonio Miranda
Beijo tênue
Torno-me mistério em tua boca,
quando dizes que me ama ao vento,
perpétua meu nome no tempo,
sela nosso amor no infinito,
Abrigas em tu'alma lamentos
sórdidas nuvens de pura dor.
Cansa-me ver-te em agonias
onde outrora foste só amor.
De um alegre e angélico canto
nasce tonantes de discórdia,
acordes de tristezas, claves de dó
e colcheias de sofrimento.
Fiz-te vida de,um sopro alado,
na face exposta ao beijo ténue,
do ventre da jovem flor de primavera,
que desdenha outonos tântricos
e rejeita a cria num medo inocente.
Torno-me mistério em tua boca,
}segredos frios em lingua quente
de salivar poético e gótico, exótico,
de linguajar de encantos.
Porquanto vives de olhar perdido,
no desejar do silêncio, -
a sonhar quimeras negras
no amanhecer de um dia branco.
Cheiro de menina
Meu sorriso
nasce em sua boca,
como folhas,
brotam_no arvoredo.
Meus segredos
voam em seus sonhos
e o meu corpo
arde em seus desejos.
Em seus olhos
clareio minh'alma.
Na pura cor
de sua retina
amanheço,
na alegria do seu colo
adormeço,
com seu cheiro de menina.
I COLETÂNEA DA ACADEMIA CRUZEIRENSE DE LETRAS. Rafael Fernandes de Souza (org.) Brasília: Art Letras Gráfica e Editora, 2019. 224 p. ISBN 978-85-9506- 135- 4 Ex. bibl. Antonio Miranda
ESTA – LOS
Às vezes
muitas vezes
o pensamento é como
uma lebre em fuga,
ziguezagueia ligeiro
e foge.
Não há como captura-lo
ele some
se esconde
entre os outros,
e vai assentar
até um relampejo.
POESIA
A Poesia
essa criança inquieta
corre, pula, se agita
me faz vivo, me alegra.
A Poesia
adolescente, flor de menina
transbordando amor
com muitos sonhos e fantasias.
A Poesia
moça esbelta, cativante
desfila seus dotes
seus encantos acendem os amantes.
A Poesia
Linda mulher altiva
com visões modernas
e palavras fortes e críticas.
A Poesia que intriga, fascina
dona de todos os versos
todas as letras, todas as rimas.
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Página ampliada e republicada em junho de 2022
Página publicada em abril de 2019
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