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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

NAILA RACHID

 

 

Naila Rachid, nasceu no Rio de Janeiro, médica, pela Faculdade de Medicina da UFRJ, 1978

formação em Psicanálise, com estudo de Freud, Lacan e da Nova Psicanálise,

de M, D. Magno

realizou Kino Móbile, uma montagem fotopoética, com fotografia

de Marcos Bonisson, em 1991

seu livro Sedo de Futuro Tecido recebeu o Prémio Carlos Drummond de Andrade,

da Fundação Carlos Drummond de Andrade, Itabira, MG,

1995 (Ed.Sette Letras, 1996)

participou nas publicações

Poesia Sempre, Fundação Biblioteca Nacional, RJ, dezembro, 2002

Parques do Rio de janeiro, coordenação de Renato Rezende e fotografia
de Beto Felício (Produção ECO-RIO, 2000)

Suplemento Literário de MG, janeiro 1998

jornal Rio Artes, Secretaria Municipal de Cultura-Rio Arte, 1997,2000

Poésis Literatura, Petrópolis, RJ, 1997,1998

outros percursos

oficina de Roteiro para Cinema eTV, com o roteirista e cineasta Orlando Senna,

Tempo Glauber RJ (abril-dezembrol991)

oficina de Texto e Imagem, com os artistas LuizAlphonsus e Ricardo Basbaum,

EAV, Parque Laje, RJ, (janeiro-fevereiro 1992)

oficina de Teatro, com a atriz diretora Guta StresserTeatro Dulcina, RJ,

(maio-novembro 1999), com a montagem de Sonho de uma Noite de Verão,

de Shakespeare, aberta ao público

curso teórico de dramaturgia, com o escritor e dramaturgo Alcione Araújo,

PUC-RJ (abril-junho 2000)

workshop de Teatro, com o diretor e dramaturgo Gerald Thomas,

Espaço Cultural Sérgio Porto (2000)

 

 

RACHID, Naila. N´agorainda.  Rio de Janeiro: Circuito,2014.  144 p.  illus. p&b  14x21 cm.  “ Naila Rachid “  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

deslimite

 

— ira somente ira

estirando longínqua fantasia

por entre as mãos quadros  quase

                         legendas de uma pele

                         — corta!

rouba a cena breve

breve adeus imita

decreta a mentira

        — tudo é mentira

senão afirma

cativa ira

chispa chispa adivinha

serpentina câmera no chão

                         dispara a saudade

                         danação do tempo

 

                         nas mãos quase película

flagrante um dom persiste

 

 


em algum lugar do tempo

quando reina a hora da aposta
                                  — Salve!
        demais se declama a alegria
        e por um fio seda seu timbre
        impresso habita
                         alguém um espelho
        vivo vestido em azul noite
        numa pintura arregalante
                         faísca a menina
        dos olhos — do poema a ênfase
        sobressaltando em canto estupendo
        — uma plúmula
                                a voz de sua audácia
        que longiva inflama
                                  num reflexo de cor
                                  — Mais Musical
        para miluma fadas sua deliração
        encarnada sobrevêm
                                  herdeira do era uma vez
                                  a menina de futuro tecido


 

para Lahia Rachid António,

uma divAlegria

in memoriam

 

 

POESIA SEMPRE. Revista semestral de poesia. Ano 10.  Número 17. Dezembro 2002. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, Ministério da Cultura, Departamento Nacional do Livro, 2002.  260 p. ilus. col. Editor geral Marco Lucchesi.  ISSN 0104-0626   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

Entrementes

                   para Marco Lucchesi

         Alhures um prenúncio
         conflagra
            a todo transe
            movediça Jerusalém
         inda signos inda
         suas fogueiras proferem
         — Tudo são Todos
         peregrino o Livro do Mundo
         inventalíngua capitula
         um políssimo
                            — És-me
                                             diante
                            faustino talismã
                            rabesco sobre rabesco

                  
         Rara atualidade

         para Antonio Sérgio Bueno

        
         À procura
            dia noite e
         vida ferina ruga
                            faz sina
         tarda nunca nunca
                            e atrai
         única lavra
                   pá contínua
                   delírio ou beijo
                                      indiferente
          a garra entrama
                   cara criatura
         — ah! plumabela
                   cisma
         brusco traço
                        toda via
                       delicado rito assaz
         orgia
                 entrelinhas
                 rubro matiz carrega
                 a última tule
         antes miniatura
                            trêmula carne
                            ruma

                  

 

Página publicada em agosto de 2015; ampliada em agosto de 2018


 

 

 
 
 
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