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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MARCIA BARROCA

 

Marcia Barroca nasceu em Leopoldina/MG em 29 de outubro de 1951 e reside há 34 anos no Rio de Janeiro.

Licenciada nas Literaturas: Brasileira, Portuguesa, Inglesa e Americana. Formada em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Marcelina - Muriaé/MG.

É membro das Academias: Poçoense de Letras e Artes, Poções/BA; Academia Brasileira de Literatura do Rio de Janeiro; Sociedade Eça de Queiroz/RJ. Membro Honorário da ALB - Mariana/MG; membro da APPERJ - Associação Profissional dos Poetas no Estado do Rio de Janeiro; membro da UBE - União Brasileira de Escritores/RJ.

Publicou pela Editora Alcance/RS, em 2006, seu primeiro livro Msrés e Semeaduras. Em 2009 publicou seu segundo livro, Desclausura - O verniz de unha na boca, pela mesma editora. Em 2010, o livro 50 poemas escolhidos pelo autor pela Galo Branco/RJ, que recebeu o Prémio Henriqueta Lisboa/2012 - UBE/RJ. Em 2012, lança pela Editora Kelps/GO, Aldravias a cinco vozes, em português e espanhol, em parceria com os poetas: Edir Meirelles. Juçara Valverde, Luiz Gondim e Messody Benoliel. 

BARROCA, Marcia.  Poemas nus.  Rio de Janeiro: Oficina, 2013.  68 p.  14x21 cm.  Col. A.M. 

 

Segredos dedilhados

 

Carrego versos

como quem carrega fardos

Exorcizo do corpo

demónios ancorados

e da alma frémitos arrepios

 

Revelo meus segredos

descobrindo véus

para quem sem medo

dedilhar meus sons

 

O amor entrego

para o olhar

trovoada sacudindo

minha porta aberta

 

Rimas raras

correndo meus pensamentos

 

 

Um corpo livre

 

Quero um corpo

sem sentimentos

para poder amar

sem culpas

 

Descansar dos silêncios

ecos de ausências

Breves momentos de prazer

 

Um corpo livre

sem apegos

que aconteça imenso

direto/cheio de acasos

 

Um corpo inteiro

 

Revelando sorrisos

carregados de poemas

 

Devorando-me!

 

 

 

Desconstruir palavras

 

                    Para Luiz Gondim

 

Deitar o grão

na umidade da terra

Gerar alimento

fecundar o corpo

 

Redimir o desejo

do cio em chama

 

O sopro do vento

escava o verso

Constrói armadilhas

planta o poema

humaniza sonhos

 

Reconstruir o tempo

salva o poeta

da palavra desconstruída

 

 

OLIANI, Luiz Otávio.  entre-textos 2.  Porto Alegre, RS: Vidráguas, 2015.  104 p. 14x21  cm.  ISBN 978-85-62077-19-7    “ Luiz Otávio Oliani “  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

       

        PRISÃO LÍRICA

 

                Márcia Barroca


Dói-me o lirismo da rima
Comedido verso
em gaiola
metrificada

Presas palavras
como papiros
em cripta soterradas

Dói-me sentir
em pleno século 21
poemas aquartelados

 

 

                (Poemas nus – RJ: Oficina, 2013)

 

 

 

 

       ÍCARO

 

             Luiz Otávio Oliani


mordaça na boca
palavra cerzida?

 

       se poesia é beleza
por que trancafiá-la
a sete chaves
numa gaiola
?

                pleno século XXI

       entre os ismos
o eu lírico quer
versos em queda livre

 

 

 

 

Página publicada em outubro de 20013; página ampliada em outubro de 2020


 

 

 
 
 
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