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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

LUCIANA MENDONÇA

 

MENDONÇA, Luciana V. P. de. Abraão e as frutas.  Brasília : Ministério da Educação, 2006. 84 p. : il. ; 18 cm. -- (Coleção literatura para todos ; v. 9) ISBN: 85-296-0051-7

"Cada poema sobre frutas é antecipado de outro poema, que explica como esse foi feito, como se fossem dois livros, um explicando o outro. Com esse artifício a autora consegue um resultado leve de bem humorado."  MARIA DA LUZ PINHEIRO CRISTO, da Comissão julgadora do I Concurso Literatura para Todos, reproduzido no prefácio da obra publicada.

 

"Um livro surpreendente! Diferente!"
ANTONIO MIRANDA

 

 

E ao olhar seu filho adolescente,

lembrou-se também de seus dezessete

e de Maria.

E fez o segundo poema

sobre o pêssego,

erótico e em sílabas de sete

ou, poeticamente falando,

em redondilha maior.

 

 

Furta cor

 

Como o rosto de Maria

Como a pele lisa e suave

Como um fruto verde e rosa

Como eu ainda tão jovem

Como um pêssego macio.

Como os olhos de Maria

Como o olhar sedutor

Como a menina mulher

Como eu já feito na vida

Como o sumo de sua boca.

Como o corpo de Maria

Como as tantas mil loucuras

Como ela amadurecida.

E já quase, quase como...

Como uma fruta passada

E já não como Maria.

 

 

E para continuar a história,
usou um verso de Bandeira,
rimas toantes, internas,
versos livres
e um tom prosaico no final
e fez "Maçã",
o seu sétimo.

 

 

 

Maçã

 

"Por um lado te vejo como

um seio murcho",

semente seca, estéril fruto.

Por outro te vejo alimento,

bendito fruto, sustento.

Vejo-te ainda na serpente que surge

e surpreende-me,

sedutora:

o fruto proibido.

Mas é como fruta que te vejo inteira!

Verde ou vermelha,

na feira, na boca, na geladeira.

 

 

 

Para ler o texto integral do livro, acessar:

http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/MEC_abraao.pdf

 

 

 

POESIA SEMPRE. ANO 8 . NÚMERO 13 – DEZEMBRO 2000.  Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, Ministério da Cultura, Departamento Nacional do Livro, 2000. ISBN85-901646-1-6  Editor Executivo Ivan Junqueira. Ex. bib. Antonio Miranda.

 

 

Apunhalada

 

De um lado, a espada

fria, dura e certeira
Do outro, uma adaga talvez
já que da mesma família
e de diferente grandeza

 

Uma adaga sem ponta —
indefesa —
e de tão pequena
usada como um punhal
pela longa lâmina adulta

 

Mas é a espada

que dá a punhalada

e a adaga sangra

diante do corte

dilacerante e profundo

ao já combalido alvo

conhecido de ambas:

um coração sufocado de tristeza

 

 

 

... Aumenta um ponto

 

Os dias inventando estrelas
Os sonhos alcançando a manhã
A nuvem passando mansa
dispersando vento e fumaça

 

Os olhos soprando a fúria
As mãos despindo os desejos
O corpo calado sobre o divã
e a cabeça solta
descobrindo caminhos

 

A vida buscando vida
Os anos somando os anos
Os dias sonhando noites
e as noites recomeçando

 

 

 

Criatura humana

 

Sou volúvel como o tempo

frio quente úmido temperado

 

sem previsões
sem regras
gramaticais

 

Sou-sujeito indeterminado

 

Brilho em dias chuvosos
e chovo

nos dias mais ensolarados

 

 

 

Página publicada em julho de 2017; página ampliada em maio de 2018.



 
 
 
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