Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LEONARDO MARTINELLI

 

Leonardo Martinelli nasceu no Rio de Janeiro, em 1971. O poeta e compositor publicou um único livro, a coletânea Dedo no ventilador( Rio de Janeiro: Bem-Te-Vi, 2005), e era membro do conselho editorial da revista Inimigo Rumor há vários anos. Mestre em literatura pela UERJ (escreveu sua tese sobre Julio Cortázar), era professor e pesquisava nos últimos tempos uma poética contemporânea sob o influxo do trabalho de Giorgio Agamben. Alguns de seus textos críticos são referências recentes importantes para o estudo dos autores, como seu ensaio sobre Ferreira Gullar. Fonte da biografia (onde é possível ler outros poemas do autor): http://revistamododeusar.blogspot.com.br/2008/11/leonardo-martinelli-1971-2008.html

 

NIETZSCHE: MÁSCARA MORTUÁRIA

Um tufo robusto acima
dos lábios, inchando a couraça
do gesso mortuário — os pêlos
teimavam em seguir crescendo,

refluindo ao menor sinal
de vida do nariz à boca
(como parasitas em fuga
das tripas do velho hospedeiro)

— tufo não: tufão
                            revoada
de pavios castanhos     prestes
a acender no meio do rosto
explosão similar à relva

 

que se alastra em torno da cripta,
ao limo que germina em cada
pedra — errata esquiva da obra
erguida a golpes de martelo
.

INIMIGO RUMOR – revista de poesia.  Número 7 – AGOSTO DEZEMBRO 1999.  Editores: Carlito Azevedo,  Augusto Massi.
Rio de Janeiro, RJ:  Viveiros de Castro    Editora, 1999.  108 p. 
ISSN 1415-9767.                     Ex. bibl. de Antonio Miranda

 

 

        INFERNO DOS AMANTES

               
Impiedosamente
       
        pernas e ancas recusam-se ao
      moto contínuo — lençóis bocejam —
      nenhuma litania à lua exceto
      o olhar rasante.  kamikaze, sono
      trespassado por adagas de luz

             Impiedosamente

        dígitos febris alteram a senha
      enquanto nebulosas se contorcem
      sob o filtro ácido das horas
      além do horizonte em pó solúvel
      onde pisca vermelho um semáforo

             Impiedosamente

 

*

Página ampliada e republicada em novembro de 2023

 

 

Poema extraído da revista INIMIGO RUMOR, número 16, 1º semestre 2004.

Página publicada em junho de 2015.


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar