Foto extraída de http://blogdaizabellevalladares.blogspot.com
LENIR MOURA
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 24 de fevereiro de 1950.
Poesias editadas em antologias por todo Brasil, Argentina e Portugal e em antologias lançadas na Bienal Internacional do Livro – Rio de Janeiro (2007, 2009,2011).
VERGONHA
Sinto-me pequena
Diante do mundo.
Sinto-me menor
Que um grão de areia qualquer.
Sei que machuquei,
Teu amor lá no fundo.
Sinto-me pequena,
Sinto-me ralé.
Estrela sem brilho
Num firmamento escuro.
Sol sem calor
Num dia sem luz.
Machuquei teu sentimento
No teu lado mais puro.
Sou pior que o ladrão
Que morreu lá na cruz.
Sinto-me estranha
Um nó na garganta.
Um choro contido
Precisando sair.
A tristeza é tanta,
Esta culpa é tamanha,
Que mesmo escondida
Envergonho-me de ti.
ALERTA MUNDIAL
Serras que cortam sem dó nem piedade,
Dizimando florestas, desmatando esse chão.
O veneno encobrindo o ar das cidades,
Destruindo a saúde da população.
A indústria jogando fumaça no ar,
Deixando o ar poluído, trazendo doença.
O povo doente, sem poder respirar
Pois se mata o verde, sem nos pedir licença.
Os mares subindo, inundando cidades.
Sinto uma dor tão forte cortando o meu peito,
Ao ver governantes da terra, encobrindo a verdade
Diminuindo da estufa, o tamanho do efeito.
Precisamos fazer nosso grito ecoar.
O mundo precisa urgente, pensar o que fazer.
Já não há mais tempo prá ficar a esperar.
Nosso planeta está começando a morrer.
Página publicada em março de 2020
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