Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

J O S É    C A Ó 

De

José Caó
POESIAS
Ilustrações de FAYGA OSTROWER
Rio de Janeiro: Editora  A Noite, 1951
151 p.  ilus.
 

A NAU SEM RUMO  

έ hora das verbenas. Ressuscita
    A vela desgarrada em mar de cinza.

    A memória estremece e recomeça

    Onde o canto do galo arrefeceu.

 

   Antenas sôbre o abismo. A nau perdida

   Acompanha o luzeiro eqüidistante

   Entre o limbo convulso e a salvação.

 

   Anêmonas, girândolas, bandolins,

   Soam trompas guerreiras e o horizonte

   É um espelho convexo inclemente

   A refletir o tempo recomposto.

 

   Mas não quero essa rota disfarçada

   Que leva ao mesmo ponto de partida.

   Quero o presságio soprando nos velames

   E o turbilhão dos tempos imaturos.

 

 HOMEM

Onde as palavras vão dar?
         São caminhos de ir ?

         Caminhos de chegar ?

 

         E eu, sou ponte ou viandante ?

         E a luz, lá distante,

         É luz de horizonte ?

 

         Trago em minha alimária

         Três ou quatro cargas preciosas. Não mais.

 

         Mas, e este trânsito ? Esta Corrente ?

         Êste rumor de rio subterrâneo ?

 

         E o labirinto ?

 

         Quero voar, partir, alcandorar-me.

         Procuro as asas, não as encontro.

 

         Perdi-as. Sou mamífero.

 

 O ÚLTIMO POEMA

São meus poemas tentativas frustras
       Para dizer  o  que  não  disse  ainda

       E certamente não direi jamais.

 

        Porque,

       Em primeiro lugar,

       Seria preciso te encontrar,

       Ó amor ideal que vai fugindo,

       À proporção que de amores vou nutrindo

       A ânsia de te amar.

       

       E, depois,

       Bem  sei  que  não  pararei  nesta  corrida

       E  nem  alcançarei  a  ponta  da  espiral.

 

       Morrerá na garganta,

       Cantando  a  glória  do

       Inacontecido  amor,

       O  poema  final.

  

     

 

Página publicada em julho de 2010

      

 

Voltar para a  página do Rio de Janeiro Voltar ao topo da página

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar