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JOAQUIM MANUEL DE MACEDO

JOAQUIM MANUEL DE MACEDO

(1820-1882)

 

 

Em 1844, formou-se em Medicina no Rio de Janeiro, e no mesmo ano estreou na literatura com a publicação daquele que viria a ser seu romance mais conhecido, "A Moreninha", que lhe deu fama e fortuna imediatas.

 

Além de médico, Macedo foi jornalista, professor de Geografia e História do Brasil no Colégio Pedro II, e sócio fundador, secretário e orador do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, desde 1845. Em 1849, fundou, juntamente com Gonçalves Dias e Araújo Porto-Alegre, a revista Guanabara, que publicou grande parte do seu poema-romance A nebulosa — considerado por críticos como um dos melhores do Romantismo. Foi membro do Conselho Diretor da Instrução Pública da Corte (1866).

 

Abandonou a medicina e criou uma forte ligação com Dom Pedro II e com a Família Imperial Brasileira, chegando a ser preceptor e professor dos filhos da Princesa Isabel.   Fonte: Wikipédia

 

 

Cartão postal:  BILHETE POSTAL.  M. OROSCO & C. Rua da Quitanda, 38. Rio de Janeiro. Provavelmente impresso em 1905.

                  N'um dia, n'uma hora.
                  No mesmo lugar,
                  Eu gosto de amar
                            Quarenta
                            Cinquenta
                            Sessenta:
                   Se mil forem belas,
                   Amo a todas elas.

JOAQUIM MANOEL DE MACEDO  (1820-1882)

 

 

 

A HARPA QUEBRADA

 

"Minha harpa, saudemos o instante da morte,

Que é lúcida aurora de eterna vitória;

O túmulo pra os vates é trono de glória,

E a vida é o jugo do inferno e da sorte.

O jugo quebremos, ao trono subamos;

E belo o triunfo, min´harpa morramos!"

E, como pelo canto enternecida,

Da harpa dedilhada uma das cordas

Rebentando soou como um gemido.

 

II

 

"O vate é proscrito que vaga na terra,

Bem poucos lhe entendem o estranho falar;

Qual rocha batida das vagas do mar,

Suporta dos homens tormentos e guerra;

Dos vates a pátria no céu achar vamos,

Deixemos o exílio, minh´arpa morramos!"

E a nova corda estala; outro gemido

Que sai dos seios da harpa, e é dado às brisas.

 

III

 

"A morte é o sono que a dor sucedeu,

Do qual se desperta no Éden do Senhor;

E d'alma um arroubo em ânsias de amor,

E o túmulo é a porta dos átrios do céu.

A morte é o sono, minh'harpa durmamos

O céu nos espera, minh'harpa morramos!"

E outra corda rebenta, e sobre as ondas

Longo soa também outro gemido,

Que triste esvaecendo aos poucos morre.

 

IV

 

"Min´harpa, não gemas, que o mundo é traidor,

Asila a perfídia do grêmio fatal.

Não vale as saudades de um peito leal,

Nem ternos suspiros de uma harpa de amor;

Não gemas, exulta, que ao céu subir vamos;

Ávida é sinistra. Min´harpa, morramos!"

Inda uma corda estala, e geme ainda,

Como profunda queixa, que exalada

Do lúgubre cantor responde ao hino.

 

V

 

"Esposa querida, minh´arpa, vem cá!
A hora enfim soa no nosso himeneu;

A pira é a lua, que fulge no céu;

O tálamo virgem nas ondas será;

A pira flameja! Esposa, corramos!

Aos gozos! a glória! miin´harpa, morramos!

 

 

Página publicada em janeiro de 2009

 

 

 


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