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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

JAUMIR VALENÇA DA SILVEIRA JUNIOR

 

Nasceu em 20 de fevereiro de 1971 no Rio de Janeiro.

Bacharel em Informática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

 

POESIA SEMPRE – Revista Semestral de Poesia.  ANO 4 – NÚMERO 7 – JULHO 1996.  Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, Ministério da Cultura, Departamento Nacional do Livro, 1996.   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

         O jardim secreto      

        Nesse deserto, o que é da turmalina 
é da turmalina, sim, com pevides claras
circundadas de dureza natural,
a da pedra que é, turmalina que respira.

         A turmalina — silicato complexo —mineral
exposto a crivos pluviais, e a tantos outros crivos,
também de sombra e areia, de cascos
de camelo e sol alto, sol concha ardente

         que incide no tímpano da turmalina,
tímpano acordado numa das dunas desse deserto,
escutando o quê? talvez o jardim invencível

         que se abre sob o areal de Sabel,
e é um jardim que não se vê com olhos, nem
coma imaginação, mas que se advinha com palavras.

 

         O papagaio
        
Não queres mais que me alisar as penas,
sabendo que de nada vale se as ter.
Porquanto que em meu corpo são mais belas
e só o suave tacto é o que te espera.
De sensações esparsas me ofereço.

         Do mundo que aprendi a olhar de lado
levando as suas plenas da preguiça,
multicolor no abraço inconsequente.
E oculto sério, na aridez do bico,
a força que o momento se consente.

         Quem sabe, se tiveres muita sorte,
ou a perseverança de que ama,
ou a vaidade que não tem remédio,
ouvirás de mim, após muito esforço,
um “meu amor” com um olhar que em si se perde.

         Pois tudo é indiferente. O que me apraz
é a chuva que me chama e que me molha,
é o sol que me consola quando eu tremo,
e os frágeis girassóis bajuladores
que trazem a cada dia, meu sustento.

 

        Cumplicidade

        Give me your hands,
if we be friends.”

Se eu vos disser que o mar que agora encaro
me faz um bem supremo ou mal me ampara
é vero que o seu sal, de gosto extremo,
talvez vos teça a fé que me declara
ser tão feliz que a morte a mim me esqueça
ou sofrimento é só com que deparo.

Mas nesse mesmo mar, se eu ponho o vento
vagando pelas crispas das marolas,
haveis de crer que sinto ser mais brando
o que há imaginais das priscas horas;
o que antes era júbilo é só paz,
não passa de um queixume o tal lamento.

E se eu não a pôr escuro ou lume
na tela que o sentido me extravasa,
é que vos trago a forma mais singela
de respeitar o céu que vos abrasa:
deixando, pra tintura do papel
o vosso sentimento que nos une.

 

Página publicada em abril de 2019

 


 

 

 
 
 
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