Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto extraído de https:// https://www.editorapenalux.com.br/

 

 

 

IGOR FAGUNDES

 

 

 

Nascido em 5 de dezembro de 1981 no Rio de Janeiro, Igor Fagundes é poeta, ensaísta, crítico literário, ator, jornalista, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde leciona Filosofia, Estética, História e Crítica da Dança, e doutor em Poética pela mesma universidade, com a tese que deu origem a este livro. Além de Poética na incorporação, assina a autoria de outras sete obras, das quais quatro são de poesia e três do gênero ensaio

.

 Publicou: Transversais (2000); Sete mil tijolos e uma parede inacabada(2004); Por uma gênese do horizonte (2006/Prêmio Literário Livraria Asabeça); Os poetas estão vivos – pensamento poético e poesia brasileira no século XXI (2008/ Prêmio Literário Cidade de Manaus: Melhor Ensaio de Literatura); Zero ponto zero (2010); 33 motivos para um crítico amar a poesia hoje (2011); e Permanecer silêncio (2011).

 

Como coorganizador e coautor, assina Convite ao pensar (2014) e O educar poético (2014). É também o organizador da antologia poética O galope de Ulisses (2014), de José Inácio Vieira de Melo; e coautor de outros quase 30 livros, dentre os quais Roteiro da poesia brasileira – anos 2000 (organização de Marco Lucchesi); Chico Buarque – o poeta da mulher, dos desvalidos e dos perseguidos (organização de Rinaldo Fernandes); Pensamento poético: à escuta das questões da arte (organização de Antônio Máximo Ferraz); Caminhos da violência em busca da visão compartilhada, Violência simbólica e estratégias de dominação e Quem conta um conto: estudos sobre contistas femininas estreantes nas décadas de 90 e 2000 (todos organizados por Helena Parente Cunha); e Secchin: uma vida em Letras (coorganização de Godofredo de Oliveira Neto e Maria Lúcia Guimarães de Faria). Possui cerca de 60 premiações em concursos e festivais literários.

 

 No teatro, campo em que também obteve prêmios, atuou em 14 espetáculos, escreveu três e dirigiu dois. É fundador e atualmente o coordenador do NuNada – Núcleo Interdisciplinar de Filosofia, Poética e Corporeidade na UFRJ e da Rede Poética – Núcleo Interinstitucional de Pesquisas em Arte e Filosofia.

Fonte da biografia: https://www.editorapenalux.com.br/

 

 

 

 

 

 T R A D U Ç Ã O

 

     Igor Fernandes

 

 

Dizer das paredes: rígidas

como os corpos que não cessam

desterrá-las,

mas não cessam de

erguê-las

pois o tempo é uma morada

quase intacta –

ora se desmonta,

ora está refeita.

 

Dizer das paredes: pálidas

como as noites ontem brancas,

pouco a pouco desbotadas,

quase iguais ao mobiliário,

aos motivos, aos retratos,

pois o tempo é uma tintura

que se gasta:

outra em que se invista

será só máscara.

 

Dizer das paredes: úmidas

como as páginas pelo rosto –

sobre a linha encanações

perfuradas,

infiltrações nos tijolos

das palavras,

pois o tempo

é uma espécie de rascunho

do que amanhã foge ao punho.

 

Dizer das paredes: versos

como as vigas que dão força

à estrutura, como cercas

que protegem nossa sala,

arquitetam nossas portas

e se soltam, como cal,

rumo aos quartos do sensível.

Pois o tempo se constrói

de cimento. E de invisível. 

 

Dizer das paredes: nós

como os pronomes pessoais

do caso incerto,

conjugados na labuta

da existência, pois o tempo,

mais que sólido, é ausência,

e por isso nos tramamos

rígidos, pálidos, úmidos, versos:

para preencher

 

nossos últimos restos.

 

 

 

 

P O É T I C A

 

Igor Fernandes

de um livro quase todo em formas fixas

espera-se o equilíbrio, a simetria

e como se negasse a própria sina

aponta para o oposto dessa trilha

inscrita nos ditamos de uma lógica

intrínseca ao contar, que enfim convoca

o número a contar o que o devora:

o incerto de uma linha que se dobra

arqueado o fio, a curva chega ao círculo

mas entre os pontos sempre um interstício

a rezar, mudo, o mundo em cujo início

ao caos se abriu, sem verbo ou logaritmo

embora alguma língua oculta em luta

houvesse em cada célula conjunta

e dentro delas, fosse o sopro em cura

da ruína das potências mais profundas

um livro quase todo uma polêmica

do contra, do antagônico que teima

em mãos erguer tijolo que sustenta

aquilo que o derruba em cada poema

deixar que na medida habite o semmedida, o aberto que lhe sobrevém

e na constância, o que é mudança tente

o contraponto que fecunde o rente

que em arte importa esse limite-dádiva

a contornar a fonte eterna: o nada

se dele tudo se afigura em página

a condensar na folha a força máxima.

 

 

 

 

OLIANI, Luiz Otávio, org.   entre-textos.   Porto Alegre: Vidráguas, 2013.  104 p.  14 x 21    ISBN 978-85-62077-16-6   
Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

 

        E N S A I O

 

           Igor Fagundes

 

 

o poeta dança com as palavras
inventa pasos
coreografías
ritmos

 


até

 

       o primeiro tombo.

 

 -------------------

 

RABO DE ARRAIA

 

Luiz Otávio Oliani

 

 

 

ao som do berimbau batuque ginga cadência

 

o poeta luta

capoeira com a palavra

 

 

 

 

 

In: Espiral, RJ, Editora da Palavra, 2009.

 

 

Página publicada em setembro de 2020


 

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar