FÁTIMA BORCHERT
Fátima Teresa Borchert, nasceu a 5 de agosto de 1956, no Rio de Janeiro. Na adolescência, escreveu duas peças teatrais: uma para ser representada com os amigos no colégio e a outra com os primos, na festa de oitenta anos do seu avô materno. Tornando-se uma amante das Letras, cursou a Faculdade na UERJ, formando-se em1980 e especializando-se em Educação, dois anos mais tarde.
Já dirigiu escolas de educação infantil e fundamental. Vem atuando como supervisora educacional nas escolas da prefeitura de Macaé e como professora de Português e Literatura do ensino médio da rede estadual, em Rio das Ostras - RJ. Vem participando das antologias lançadas no Congresso Brasileiro de Poesia que acontece anualmente em Bento Gonçalves – RS e das lançadas no Belô Poético.
Endereço para contato: fatimaborchert@gmail.com
Alma de poeta
Quero cantar
uma canção
contigo para
te mostrar
o meu
umbigo
quero te
levar comigo
à lua enquanto
eu me mostro
toda nua
e assim
ao mundo
poderás dizer
com calma
que nos teus braços
esteve um corpo de
poeta mas que tu
foste fisgado
pela alma
A mulher e a poeta
Havia um bosque
Nesse bosque
Uma praia
Nessa praia
Uma casa
Nessa casa
Uma mulher
Nessa mulher
Uma poeta.
Quando amanhecia...
No bosque,
A natureza cantava.
Na praia,
O mar se exibia.
Na casa,
A mulher se trancava.
Da mulher,
A poeta fugia.
Quando anoitecia...
No bosque,
A natureza sonhava.
Na praia,
O mar murmurava.
Na casa,
A mulher se encolhia.
Da mulher,
A poeta escrevia.
Estradas
A mim não importam
se retas ou curvas
se curtas ou compridas.
Não me importam
se sobem ou descem,
o que me importa
e realmente me dói
é a tristeza de ver
que muitos deixam
suas lamas pelo caminho.
A química dos poetas
Poeta escreve, fala,
xinga, canta, voa!
Quando atinge
a estratosfera
para proteger
os seres dessa Terra,
é um poeta-ozônio.
Gente há por aqui
que não vive sem
um poeta-oxigênio.
Cada linha poética
desse poeta... Ah!...
é lentamente aspirada
absorvida, inalada.
E poeta-água, então?
por uns é sugado,
por outros...
facilmente sorvido.
Alguns se engasgam com ele.
É quando o poeta se enfeza
e escancara a represa.
Mata a sede do povo!
E pelo povo é lambido!
O pior mesmo para os Corruptos,
é um poeta-hidrogênio.
Quando esse poeta
aponta sua pena para o papel,
não adianta cuidado.
O estopim da bomba
foi ligado!
Página publicada em abril de 2008
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