CONDORCET ARANHA
[1940 - 2010]
Natural de São Gonçalo, Estado do Rio de Janeiro.
Viveu em Joinville, Santa Catarina, Brasil.
Escritor e Poeta Pesquisador Científico - Nível VI, aposentado pelo Instituto Agronômico (Campinas/SP} Governo do Estado de São Paulo. Doutor em Ciências, pela Universidade Estadual de Campinas/SP – UNICAMP. Farmacêutico-Químico, pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.
ivros solo: “Versos Diversos” poesias 2001, “Histórias do famaliá” contos/crônicas 2003, No prelo para março de 2006: “Verdades em versos” (poesias e trovas) e “Sonhos ou verdades” (contos e crônicas). Membro Titular da Cadeira n° 25, Colegiado Acadêmico, nas Áreas de Letras e de Ciências do Clube dos Escritores de Piracicaba São Paulo, Brasil.
LETRAS DE BABEL 3 . Antología multilíngüe. Montevideo: aBrace editora, 2007. 200 p. ISBN 978-9974-8014-6-2
Ex. bibl. Antonio Miranda
CONTRATEMPO
Não sei quando começou o tempo,
sequer, o tempo que ele durará,
mas, eu preciso perceber, em tempo,
qual é o tempo que terei, no tempo,
para fazer o que pretendo, a tempo.
Não vou passar aqui somente um tempo,
na infinidade que o tempo tem?
Se aproveitar o tempo e me tornar saudade,
no coração aberto de um outro alguém,
deixo-o na vida para novo tempo.
Então somando todos nossos tempos,
se, prosseguimos a tomar saudade,
nossas saudades, formarão um tempo,
por tanto tempo que nem sei contar,
porque por certo não terei mais tempo.
Então, enquanto não me acaba o tempo,
até ficar apenas como uma saudade,
vou me manter no máximo do tempo,
para aumentar a soma das saudades,
salvo aconteça, assim... um contratempo!
Se não deixar meu tempo no antetempo,
vou consumi-lo até nos entretempos,
para curtir milhões de passatempos,
mas, se, eu partir no “raio” de um destempo,
serei saudade, apenas, do meu tempo.
Página publicada em setembro de 2020
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