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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CELSO MOLITERNO
(1954-2005)

 

nasceu no Rio de Janeiro (RJ), em 20 de março de 1954. Dipl. em Biologia. Veio para Brasília em 1978. Funcionário público, fotógrafo, biólogo. Colab. em periódicos. Filiado ao Sindicato dos Escritores do Distrito Federal. Premiado em concurso literário. Pert. à Associação Nacional de Escritores. Partic. das antologias Planalto em poesia, 1987, org. de Napoleão Valadares; Poemas, 1990, SEDF; Antologia da nova poesia brasileira, 1992, org. de Olga Savary. Bibl.: 51 poemas, 1980; Águas do amanhã, 1983; Fogo de santelmo, 1990.  Faleceu em 27 de maio de 2005.

 

MOLITERNO, Celso.  Águas do amanhã.  Brasília: Thesaurus; Instirtuto Nacional do Livro, 1983.  “Orelhas” do livro por José Santiago Naud.  Capa: “O Corvo – putrefação”, escultura, em pedra, na catedral Notre Dame de Paris.  “Celso Moliterno”  Ex. bibl. Antonio Miranda


          (fragmento)

 

Esta farsa de assim sentir

vozes e perfumes vários,

O Vida. . . essa parva magnitude

em sairmos a procura de campânulas

Ah Antemanhã. . . em cada brisa fomos perguntados

perquirimos às sombras de uns abraços

inspiramos os cálices transbordados

das paixões e buscamos nas ruas

um ouvir de cantos serenados.

 

 

A angústia é o arcanjo do nada
quando a tarde. . .

 

Numa abusiva hora entre azaléas

perdi o anel de Anastácia

mas o vento tirando acordes das folhagens

é o que sinto ou o que se move pelo céu.

As nuvens nos ensinam a viver!

 

 

 

 

MOLITERNO, Celso.  Fogo de Santelmo.  Brasília: Thesaurus, s.d. 59 p. 14,5x20,5 cm.   [autógrafo de 1990]  “ Celso Moliterno “  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

CANTO II 
(fragmento)

 

Junto a mim persiste a dúzia

Dos momentos mais singelos que vivemos,

Unidos por Mephisto assim tivemos

Todos os amores, em um só, esplêndido!

 

Oh! Como sinto agora a tua desgraça

Longe dos recantos conhecemos

A memória mais vasta da demora

Em sermos tão sozinhos pelos ermos...

 

Instrumentos tocados por janotas,

Musica infinita em sentimentos

Ais longínquos de prazer e sofrimento

A passar serenamente com os ventos ...

 

Contemplei tua passagem pelo Eterno

Movimento conquistado de heroína;

Ao meu coração tudo disseste

De um assentimento às horas sem ruma.

 

Mas, Prosérpina, também tiraste

Tudo que de mim restava ainda,

Na sombra vã, tu indicaste

As loucuras ditadas pela Sina.

 

 

 

Página publicada em setembro de 2014


 

 

 
 
 
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