Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

ATILIO MILANO


Atílio Milano, poeta, professor, nasceu no Rio de Janeiro em 24 de maio de 1897 e morreu em 20 de setembro de 1955. Nasceu em uma família de músicos, seu pai Nicolino Milano, era musicista e maestro, e sua mãe Corina Milano, professora de piano, seu irmão Dante Milano (1899-1991),  poeta e tradutor.

Estudou arte dramática na Escola Dramática do Rio de Janeiro. Foi membro da Academia Carioca de Letras. Frequentava o Café Belas-Artes, no centro, que, com seus saraus e rodas de literárias, atraia escritores e intelectuais, movimentando a vida da cidade. O local era frequentado por escritores como Gomes Leite, José Geraldo Vieira, atores como Procópio Ferreira e jornalistas como Carlos Rizzini.

Colaborou com periódicos importantes de sua época, como O Malho, Fon-Fon e Revista da Semana. Compôs as músicas “Vovô e vovó” e “Quando te vi” em parceria com Vicente Celestino (1894-1968), ambas de 1930.

Seu primeiro livro, Poesias, é de 1927. Posteriormente, publicou Livro da verdadeira dúvida (1933), Poesias escolhidas (1937), Todos os poemas (1942), Poemas (1949) e um novo livro de versos intitulado Poesias (1955).

 

Extraído de

 

ALBUM DE POESIAS.  Supplemento d´O MALHO.   RJ: s.d.  R$ 26,  117 p.  ilus. col.  Ex. Antonio Miranda

No “Album “ acima é grafado “ATTILIO MILANO” como o poeta italiano...

 

 

REZENDE, Edgar.  O Brasil que os poetas cantam.  2ª ed. revista e comentada.  Rio de Janeiro: Livraria Freitas Bastos, 1958.  460 p.  15 x 23 cm. Capa dura.   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

A HISTÓRIA SE ESCREVE COM SANGUE

 

 

Em cinco pedaços partiram-lhe o corpo
e os foram expondo aos olhos da gente
transida de medo, do medo da morte
que causam as ide
ias!

 

Os restos do mártir

serviram de rasto à passagem das ruas

que andaram com o sonho do propagandista...

 

Fincaram, por último, a sua cabeça
no centro da praça

que ouviu os primeiros ruídos do passo
sonoro do precursor...

 

Coitado do alferes!

Quis a independência para os brasileiros:
então os portugueses lhe deram a morte.

 

E ponto final.

 

        0O0 

 

Depois veio um príncipe,

montado a cavalo,

herói de legenda,

lembrança de mito,

valente e formoso;

juntou os pedaços do Tiradentes,

repôs-lhe a cabeça expressiva de santo,

vincada de beijos e bênçãos

dos seus compatriotas,

e, pra dar-lhe a vida perene da glória,

com um gesto da espada

gritou para os ecos da posteridade,

à margem de um rio tão humildezinho,

o rio Ipiranga,

pobre como a choça do filho de Deus:
"Independência ou Morte!"

 

        0O0 

 

O rio, ouvindo isto,

ergueu-se do leito,

— oh milagre! — rubro

do sangue fecundo do impávido

conjurador.

 

(A história se escreve com sangue!)

 

E saiu correndo pelo país todo,
com as suas lágrimas
dando seiva ao São Francisco,
ao Paraíba, ao Amazonas.

 

Ficou grande do tamanho

da imensidão do Brasil.

Foi engrossando à distância do tempo

e parou nos fastos,

maior do que o oceano da imaginação!

 

(A História é um poema de dor;
se escreve com sangue!)

 

        0O0 

 

Tu, que ouviste a voz do céu da liberdade,
ao som colorido de um sol sem declínio,

Vai, rio Ipiranga!
segue em tuas águas caminhando sempre...

 

 

Página publicada em marco de 2019; página ampliada em dezembro de 2019

 

 


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar