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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto http://sopanomel.blogspot.com/

 

AMÉLIA ALVES

 

 

 

Amélia Alves é poeta e educadora, nascida em Campos dos Goytacazes/RJ. Graduada em Letras, é Mestre em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro/UERJ, com especialização em TV Educativa e Processos de Educação à Distância. Estudiosa das áreas de comunicação, linguagem, literatura e formação dos processos de leitura. É autora de vários livros de poesias entre eles “Vácuo e Paisagem” e “Atrás das borboletas azuis”. Com “No reverso do Viés” conquistou o segundo lugar no Prêmio Pizarro Drummond (2009), categoria Poesia Inédita, dado pela União Brasileira dos Escritores (UBE-RJ). Amélia Alves é membro titular do Pen Club do Brasil desde dezembro de 2012.

 

 

 

 

BORDADO

 

 

A noção do traço

 

sugerindo a presença da linha

 

e o manejo da agulha

 

            sendo cadência

 

após cadência

 

            no macio do pano branco

 

pra depois haver o risco duro de premeditadas paisagens

 

onde matizes de fumaças

 

dizem de sustos

 

            sortes

 

da palavra acorrentando-se

 

do desenho escapulindo entre dedos dormentes

 

            da pá

 

            do pó

 

            do pé violentando caminhos

 

            da propalada paz de papel

 

            dessa vontade de viver

 

            entre-mentes,

 

            humana-mente.

 

 

 

 

 

 

CILADA

 

Embaixo da escada, passei várias vezes,

 

por malquerer e sorte

 

— desavisada.

 

E depois, sem mais que nada,

 

por dor, paixão e morte,

 

inscrevi destino e sina — reveses.

 

Recebi do azar dotes e porte,

 

em primeira mão,

 

de sim em sim e não em não.

 

E fui seguindo, sem noite nem seita,

 

varando a madrugada,

 

embora sabendo de uivos e lobos, à espreita.

 

***

 

 

 

                        MADRIGAL

 

Abre os braços, ó manhã,

na aura do dia novo que me enlaça,

enquanto esse vento de paz,

qual breve brisa que passa,

carrega o que me desafeta

e aquieta o que me obscurece

no tempo em que me tece

em riso e rasgos de doação.

 

Fiapo de esperança.

Música que acalenta 

o amor. Em forma de ser criança.

 

Me pega pela mão

e reconstrói ao infinito

em posse do que acredito

fresta de luz e raio de sol

sorriso que me seduz.

 

 

 

ANTOLOGIA DA NOVA POESIA BRASILEIRA . Org. Olga Savary. Rio de Janeiro: Ed.          Hipocampo, Fundação Rioarte, 1992.   334 p.   ilus    Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

 

FOGO-FÁTUO

A vida que se pariu
força da natureza
se dando
naturalmente
não constrói
uma apologia
ao mito morto
após as guerras.
É antes epígrafe,
dedicatória e lápide
(ao herói anônimo)
inscrita
no mapa — documento
(adubo)
da terra
por onde prensou
seus ossos.

 

 

Página publicada em setembro de 2020


 

 

 
 
 
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