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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

AFONSO ESTEBANEZ STAEL

 

 

(A. Estebanez), advogado, poeta, jornalista e escritor fluminense, é verbete na “Enciclopédia de Literatura Brasileira” (vol. 1, pág. 562, 1990), composta pela Oficina Literária Afrânio Coutinho (OLAC), organizada por Francisco Igrejas e editada pelo Ministério da Educação e Cultura e Fundação de Assistência ao Estudante do Rio de Janeiro, e apontado também como verbete da literatura brasileira no “Dicionário de Poetas Contemporâneos”, organizado por Francisco Igrejas e editado por Oficina Letras & Artes, 2ª Edição, 1991 (págs. 25/26).

 

Nasceu em 30 de outubro de 1943 no ambiente agreste do município de Cantagalo, Estado do Rio de Janeiro, filho de Manoel Stael e de Francisca Estebanez Stael, descendentes de ancestrais ciganos emigrados para a Espanha e de alemães de origem judaica radicados nas regiões agrícolas da  Bélgica, que posteriormente imigraram para o Brasil, entre 1820 e 1930. Ensino secundário no Seminário Arquidiocesano do Rio de Janeiro (56/62) e superior nas Faculdades de Direito e de Filosofia, Ciências e Letras da UFF em Niterói (65/70). Finalista nos 1º, 2º e 3º Torneios Nacionais da Poesia Falada patrocinado pela Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Rio de Janeiro (68/69/70). Vencedor do Primeiro Concurso Estadual de Poesia do Advogado Fluminense (87). Exerceu a advocacia desde 68 e ocupou o cargo de Oficial de Justiça Avaliador do TRT da 1ª Região (93), aposentando-se quando lotado na Vara do Trabalho de Cordeiro (99), por cuja instalação lutou como Secretário Geral de Administração daquele município (92), onde se destacou como um dos fundadores da 45ª Subseção da OAB/RJ.

 

Tem obras publicadas em livros, jornais e revistas.  Recentemente, concorrendo com o poema O Último Dia de Trabalho do Pôr-do-sol no Mar e com a crônica Trabalho como Escrevente de Pequenos Príncipes, o biografado venceu, em julho de 2007, o Primeiro Concurso Interno de Literatura do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT- Rio), nas duas categorias (prosa e verso), com premiação em obras literárias famosas oferecidas pela Academia Brasileira de Letras (ABL). Tem página pessoal em formatação no site de Alma de Poeta (www.almadepoeta.com/afonsoestebanezstael.htm), administrado pelo poeta e escritor Luiz Fernando Prôa.

 

Livros de poesia: Canção Que Vem de Longe, poesias, 1966, J. Gonçalves Editora, Niterói/RJ; Livro de Viagem ou do Depoimento, poesias, 1971, Editora Olímpica Ltda, Livraria São José, Rio de Janeiro/RJ; Em Tempo de Lótus, Lírios e Acácias...., antologia poética compartilhada com os poetas maçônicos J. Alves Filho e J. A. Galdino da Costa, 1978, Papelaria Brasil Ltda, Niterói/RJ.; Canto de Abrição e Outras Sinfolias de Beira-Campo, caderno de poesias  e haikais, 1988, Edição do Autor, Rio de Janeiro/RJ.   

 

POEMAS SELECIONADOS

 

 

EM TEMPO DE LÓTUS, LÍRIOS E ACÁCIAS...

 

Jamais perder o momento

de encontrar na boca

um sorriso...

 

Jamais perder a esperança

de encontrar na curva

um caminho...

 

Jamais perder a certeza

de encontrar no muro

uma porta...

 

O lótus pode ser

o momento de glória

da lama...

 

O lírio pode ser

o encontro da paz

na esperança...

 

A acácia pode ser

a certeza da vida

na morte...

 

 

          PASTOREIO

 

Depois que aqui for deixado

e todos tiverem ido

vou ser vento libertado

pelas mãos dos desvalidos

                                                    espalhando flor e pólen

                no solo fertilizado

                com o pranto dos oprimidos...

 

Vou soltar as estribeiras

cavalgar nuvens em pêlo

e aboiar as corredeiras

de meus rios represados...

                Vou montar a liberdade

                fingida das carpideiras

                na pena dos condenados.

 

Sob os lábios comprimidos

dente por dente calado

olho por olho cerrado

na masmorra dos sentidos...

                Vou virar redemoinhos

                e girar pelos caminhos

                como pássaros banidos.

 

Meus sonhos pagens de ninfas

luzes sombras sobre os lagos

prado em flor de claras tintas

de mistérios desvendados...

                Vou apascentar meus mortos

                na paz de ovelhas famintas

                entre lobos saciados...

 

 

EXALTAÇÃO

 

Meu ser entrego ao derradeiro alento

no desenlace de minha alma ungida

pela esperança de num vão momento

galgar a morte na ilusão da vida.

 

Mas tudo o que me resta é a fé contida

num rasgo de prazer do sofrimento

de rebuscar na treva a luz perdida

no inferno elemental desse tormento.

 

E em já meu ser demente e sibilino

qual num culto de amor semidivino

minh’alma exita e chora e, enfim, persiste...

 

E flui por entre estrelas e alvoradas

num turbilhão de luzes deflagradas

ante a certeza de que Deus existe!

 

 

DESENCONTRO

 

Foi do esperado

que o ter perdido

me fez ter sido

desesperado.

 

O ter perdido

foi de viver

do haver morrido...

 

O ter vivido

foi de morrer

da haver sonhado.

 

Foi do encontrado

que o ter vivido

me fez ter sido

desencontrado... 

 

 

DEZ HAIKAIS DO PROJETO “TORI”

 

O menino morto.

A mulher tece o quimono

com fios de lágrimas...

 

Deus semeou estrelas

no céu... E quem pôs a lua

no fundo das águas?

 

Inverno... E ainda colho

no tronco daquele corpo

dois pomos maduros.

 

Pétala cor púrpura

no linho branco do leito...

O primeiro amor!

 

 Ceia de Natal.

Na cabeceira da mesa,

o lugar vazio...

 

Luto! Aquele sangue

sobre o asfalto e o sapatinho

da criança morta...

 

Ciúmes... No varal,

o teu vestido dançando

nos braços do vento!

 

Ah, só um assiste

ao enterro da mundana:

o filho coveiro!

 

Samambaias dançam

em trajes de renda verde

no baile do sol...

 

Arte do haikai:

bordar com fios de chuva

uma flor no arco-íris...

 

 

Página publicada em novembro de 2007.


 


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