ADRIANO MOURA
Nasceu em Campos dos Goytacazes, cidade do interior do Rio de Janeiro, no dia 11 de dezembro de 1972. É professor de Literatura e Língua Portuguesa, autor e ator teatral.
“Sou poeta preguiçoso. Penso muito os versos, mas os escrevo pouco. Não tenho estilo definido, digo que sou meio liquidificador, misturo tudo. Trago neste livro um pouco desta mistura, vitamina pra minha vida.” Adriano Moura
De
LIQUIDIFICA(DOR)
Rio de Janeiro: Imprimatur, 2007
ISBN 978-60439-03
Poema de domingo
Queria sair por aí
Vestido de Rimbaud
Depois dormir
Brincando nos campos do senhor
Deus só descansou no sétimo dia
Depois de fazer poesia
In verso
os olhos das crianças que pedem
são como o sorriso das que brincam:
abertos
pra cima.
os versos das crianças que brincam
não são como os das que pedem:
as que pedem não tem verso
só frente.
Toda poesia
Fala
Escreva
Leia
Saboreia
A poesia
viva
Sua textura
Finura
Feiúra
Frescura
Cadente
Quero possibilidades de estrela:
Despencar do firmamento
Criar verrugas nos apontados dedos dos lúcidos,
Realizar todos os desejos dos loucos.
Página publicada em setembro de 2009
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