MARIA DAS GRAÇAS TARGINO
Doutora em Ciência da Informação
Pós-Doutora em Jornalismo
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Bairro Fátima
Teresina - PI Brasil
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SIMPLESMENTE MARIA
Maria das Graças Targino
Fev. 2020
A origem do nome MARIA é incerta. Há diferentes versões e interpretações. Se advém do hebraico Myriam, significa “senhora soberana”, “a vidente” ou “a pura”. Se advém da raiz egípcia Mry significa “amar”. Se advém do sânscrito Maryáh (por consistir em nome difundido antes mesmo da era cristã, a.C.) significa “a pureza”, “a virtude” ou “a virgindade”. Se advém das palavras do idioma aramaico assírio Yamo Mariro, significa "oceano azedo" ou "ácido".
Há, no entanto, outras interpretações, segundo as quais, MARIA significa “mar de amargura”, “a forte”, “a que se eleva” ou “estrela do mar”. O fato é que, adotado no Reino Unido desde o século XII, mais adiante, no século XVI, passa a ser um dos nomes femininos mais comuns em diferentes idiomas, como no francês (Marie) ou no inglês (Mary) e, por conseguinte, em diferentes países.
No Brasil, o nome MARIA aparece, com frequência, como primeiro nome associado a um segundo. Mas, pode vir como segundo nome, como Ângela Maria ou até em conjugação com nomes masculinos, como João Maria, além de belas ou estranhas combinações, a exemplo de Maribel (Maria Isabel); Maitê (Maria Teresa); Marilena (Maria Helena); Mariângela (Maria Ângela) e tantas outras.
Temos muitas MARIAS. Doces ou bravas. Brancas ou negras. Heterossexuais ou homossexuais. Jovens ou velhas. Profissionais de sucesso ou dedicadas operárias. De níveis sociais A ou E. De escolaridade elevada ou sem nenhuma. Atrizes ou anônimas. Juízas ou rés. Fotógrafas ou contemplativas. Professoras ou alunas. Garis ou empresárias. Políticas ou eleitoras. Amantes ou amadas. Donas de casa ou prostitutas. Religiosas ou ateístas. Porém, independentemente da religião, tendemos, quase sempre, a lembrar da mãe de Jesus – MARIA –, citada no Novo Testamento da Bíblia e uma das santas com um número incalculável de devotos ao redor do mundo.
Nossas MARIAS podem ser:
Maria Alessandra
Maria Alice
Maria Ângela
Maria Angélica
Maria Antônia
Maria Aparecida
Maria Apolônia
Maria Augusta
Maria Bárbara
Maria Beatriz
Maria Bela
Maria Bruna
Maria Carolina
Maria Caroline
Maria Catarina
Maria Cecília
Maria Charlotte
Maria Clara
Maria Cláudia
Maria Cristina
Maria da Conceição
Maria das Graças
Maria da Penha
Maria das Dores
Maria das Flores
Maria de Fátima
Maria de Lourdes
Maria do Carmo
Maria Dinah
Maria do Céu
Maria do Socorro
Maria dos Anjos
Maria Dulce
Maria Eduarda
Maria Elena
Maria Elisa
Maria Elizabeth
Maria Elsa
Maria Estela
Maria Esther
Maria Eva
Maria Eveline
Maria Fernanda
Maria Flor
Maria Gabriela
Maria Gisela
Maria Gisele
Maria Helena
Maria Heloísa
Maria Inês
Maria Isabel
Maria Isabela
Maria Isadora
Maria Jane
Maria Jeniffer
Maria João
Maria Joaquina
Maria José
Maria Júlia
Maria Laura
Maria Letícia
Maria Lis
Maria Lívia
Maria Lúcia
Maria Luísa
Maria Madalena
Maria Mar
Maria Margareth
Maria Mariana
Maria Mônica
Maria Paula
Maria Regina
Maria Rita
Maria Sofia
Maria Sol
Maria Solange
Maria Soledade
Maria Sophia
Maria Stela
Maria Teresa
Maria Úrsula
Maria Valentina
Maria Vitória
Maria Vivian
Maria Viviane
MAS, TODAS SIMPLESMENTE MARIA.
TEXTO EM PORTUGUÊS - TEXTO EM ITALIANO
LONGAS ESPERAS
Longas esperas.
Às vezes, alegres.
Às vezes, dolentes e dolorosas.
Às vezes, despercebidas.
Às vezes, seguidas, com atenção, hora a hora, minuto a minuto.
Mas nada importa, a não ser a doce consciência de que esperar é preciso, como forma única de viver.
Esperar está arraigado ao próprio viver.
Esperar é, antes de tudo, viver.
Ou viver é esperar?
Não sei!
Mas, enquanto espero o dia passar, olho em volta e vejo...
Espaços vazios.
Cadeiras vazias.
Quadros destituídos de olhares atentos ou desatentos.
Gavetas intactas.
CDs mudos.
DVDs silenciosos.
Livros despovoados de mãos cuidadosas ou não.
Talheres impecavelmente limpos.
Pratos vazios.
Fogão intocado.
Coração tocado em chamas...
(out. 2020)
PARA VOCÊ
A audácia de me expor.
O destemor diante da vida.
A coragem de assumir infinitas falhas
A coragem de dizer que sou verdadeiramente humana.
A coragem de chorar.
A coragem de sofrer.
A coragem de não me esconder.
A coragem de gritar e não me envergonhar.
A coragem de sorrir desavergonhadamente.
E meus sorrisos são autênticos.
Eu escrevo. E sinto paz.
Eu peço amor. E não nego.
Eu busco. E me perco nos caminhos e descaminhos da vida.
Eu erro. E me penitencio.
Eu me perco. E me encontro.
Eu caio. E me levanto.
PARA VOCÊ!
TEXTO EM ITALIANO
PER TE
L'audacia di mostrarmi.
L‘impavidità di fronte alla vita
Il coraggio di affrontare infiniti fallimenti.
Il coraggio di dire che sono veramente umana.
Il coraggio di piangere.
Il coraggio di soffrire.
Il coraggio di non nascondermi.
Il coraggio di urlare e non mettermi in imbarazzo.
Il coraggio di sorridere spudoratamente.
I miei sorrisi sono autentici.
Scrivo. E sento la pace.
Chiedo amore. E non nego.
Io cerco. E mi perdo nei modi e nelle scorciatoie della vita.
Faccio un errore. E mi penalizzo.
Mi perdo. E mi ritrovo.
Cado. E mi alzo.
PER TE.
Participação na XXVI Edizione Premio di Poesia em memória de “Antonella Sparpagli”, 7º lugar, promovida pela Università per Stranieri di Siena, Siena – Itália, no dia 22 de agosto de 2019.
Fonte: Whiskey "n" Wimmin
MUTAÇÃO SEM COMEÇO E FIM
Mudo a cada dia.
Desnudo-me.
Me visto de imediato.
Me exponho.
Me camuflo por trás do que não sou.
Nunca fui. Nunca serei.
Choro de prazer.
Grito de dor.
Urro de raiva e ira pura.
Floresço.
Exalo vida.
Cheiro à dor e à morte.
Murcho.
Não há mais flor a florescer.
Morro.
Renasço.
Sorrio.
Exalo paz.
Clamo de dor.
Tardo a morrer.
E assim incessantemente.
A muta sem começo e fim me exaure.
Mata meu corpo de exaustão.
Explode minha alma de lamento e desesperança.
Até quando?
Jul. 2021
Página publicada em julho de 2020
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