ISRAEL CORREIA
(1955 - )
Israel José Nunes Correia possui graduação em Administração de Empresas pela Universidade Estadual do Ceará (1978), graduação em Direito pela Universidade Federal do Ceará (1977) e mestrado em GESTÃO UNIVERSITÁRIA pela Universidade Federal do Piauí (1998). Atualmente é professor da Universidade Federal do Piauí. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Administração de Empresas, atuando principalmente nos seguintes temas: Comunicação, Planejamento e Projetos, Estratégia, História, Poesia e Música.
Das lendas e encantos por verdes mares da
Pedra do Sal
Vou te contar o que ouvi
De um bravo pescador
Da praia de muitas pedras
Onde o sal faz mais puro o amor
Vou te contar o que ouvi
De um bravo pescador
Da praia de muitas pedras
onde o sal faz mais puro o amor
Caia o sol com seu manto avermelhado
Todo corpo fatigado na canoa a relaxar
Por sobre as águas, veio estrela, veio lua
Choveu prata numa rua de esmeralda e anis
De madrugada, ao repique de um sino
O vento soprou um hino, invadiu a embarcação
Abriu-se o mar, dele veio a serpente
"Pavorou-se toda gente, bateu louco o coração
Vou te contar o que ouvi
De um bravo pescador
Da praia de muitas pedras
onde o sal faz mais puro o amor
Vou te contar o que ouvi
De um bravo pescador
Da praia de muitas pedras
Onde o sal faz mais puro o amor
Belo e sereno destacou-se meu menino
Entoando o mesmo hino para a proa se mandou
E, ao seu toque, na cabeça esverdeada
Após breve trovoada, a coisa se transformou
Fez-se então das sereias a mais bela
Mão do garoto na dela, p'ras profundas o levou
Choro e silêncio foi a nossa companhia Até o romper do dia quando a terra apontou
Vou te contar o que ouvi De um bravo pescador Da praia de muitas pedras Onde o sal faz mais puro o amor
Vou te contar o que ouvi De um bravo pescador Da praia de muitas pedras Onde o sal faz mais puro o amor.
Raiou o sol, rei da nossa aquarela
Nele eu vi a vida bela
que meu menino ia ter
Dançava ele, nos seus raios, uma ciranda
Será sereia de banda
a sorrir e agradecer
Dançava ele, nos seus raios, uma ciranda Será sereia de banda a sorrir e agradecer.
Sabedoria, idade e vida
Precoce cansaço do assédio dos fracos
E dos agudos latidos em torno da caravana
Cometo crime sensato buscando o nirvana Abandonando de vez a loucura dos palcos
Nada a ser provado. Pois na solidão existo.
Sabedoria chega quando o calvário ferra
Necessária é a dor da coroa de espinhos
Ao judeu despercebido do que ela revela
Assim, idade perfeita estes trinta e três
Tenho anos nesta vida pela última vez
Nunca fui o fruto duma só semente
Nunca a mesma terra, nunca a mesma gente
Povo que doravante não vê, não ouve, não fala
Massa inanimada, só consente e cala!
Página publicada em janeiro de 2020
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