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AGOSTINHO MOURA DE ASSUNÇÃO

 

Poeta e contista. Nascido em Parnaíba, a 16 de dezembro de 1915, e falecido tragicamente na Capital Federal, com 22 anos de idade. Fez estudos primários na Escola de Mestra Marocas, a pro­fessora de Humberto de Campos, em 1924 e 1925. Correspondente comercial. Menção-honrosa no concurso permanente da revista "Carioca", Rio, 1938, com "Um Conto de Vigário". Deixou inédito: "Meu Livro Intimo". Usou o pseudónimo literário de Doca Pioí, publican­do versos matutos.

 

 

ANTOLOGIA DE SONETOS PIAUIENSES. Org. Félix Aires.  [Teresina: 1972.] 218p + VI.  Impresso no Senado Federal Centro Gráfico, Brasília. 

 

A MINHA MÃE

Tivésseis vós, ó minha mãe, sabido
Os íngremes caminhos que hei trilhado,
Os instantes amargos que hei vivido,
Quanta mágoa teríeis vós chorado?!

Quanta dor, minha mãe, teríeis sofrido
Se pudésseis lançar piedoso olhado
Para os recantos deste incompreendido
Coração que sucumbe à mão do fado?!

Tanto teríeis vós vos lamentado
Se deste vosso filho o torturado
Senso de fogo houvesse permitido

Que fossem, minha mãe, vos declarado
Os íngremes caminhos que hei trilhado,
Os instantes amargos que hei sofrido!

 

 

Página publicada em fevereiro de 2016


 

 

 
 
 
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