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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: Divulgação.

 

 

 

VITAL CORRÊA DE ARAÚJO

 

 

Nasceu em Vertentes, Pernambuco, em 1945.

Escritor, jornalista, auditor do tesouro, bacharel em Direito (advogado), com curso de

História e Filosofia (estágio de administração tributária na Alemanha e especialização

sindical na Venezuela), professor do curso médio, conferencista, tradutor, especialista em

Jorge Luís Borges

Membro da Academia de Letras e Artes do Nordeste Brasileiro, tendo como patrono de sua

cadeira (por escolha própria) o Poeta Paulo Bandeira da Cruz.

 Associação de Imprensa de Pernambuco (como membro titular)

Livros: Título Provisório;  Burocracial.

 

***

 

 

CANÇÃO NOTURNA

 

Flauta frigia ânimos incita
à ira, corrobora a guerra lírica
a alma animal desarma
ferrenhas virtudes dos guerreiros
apura o bélico furor atiça contra civis afetos
(que o possesso Platão ensina)
e chama decanta no fogo que aterra
a lídia flauta cavas exéquias
e lamentações das vítimas modula
extintas canções dóricas copia
hinos votivos ilumina
e a eclesiástica noite incendeia
enclausurada em pesadelo de candelabros
na veia das coivaras injetada
para glória da manhã que denuncia.

 

 

 

 

O POEMA

 

Contém-se na forma encontrada

e contém a que o encontra.

Leva à completa embriaguês verbal.

Não é senão trânsito

de palavra por nossas veias

pelos adjetivos de nossas almas

trâmite das gramáticas do corpo

em forma de fantasmas

e figuras encarnadas

pelos veios do espírito.

Sombra que enardece

até a incandescência.

 

 

 

 

DOIS HAICAIS

 

 

Próceres se vendem

corruptos sestércios

repúblicas abalam.

 

*

 

 

Nome de próceres

nas entranhas dos pássaros

assusta Senado.

 

 

 

ANTOLOGIA DA NOVA POESIA BRASILEIRA . Org. Olga Savary. Rio de Janeiro: Ed. Hipocampo, Fundação Rioarte, 1992.   334 p.   ilus    Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

 

DURA HABILIDADE DO HERÓI

a Gustavo Krause

 

 

       O herói dura
o tempo da queda
e persistiria sempre
se a hora
não erodisse o pedestal.

Mas não dura o herói a eternidade
da pedra comida na ampulheta.

Por que ao herói dói
suas obras e devastações?

Por que cria o herói
o tempo que o destrói?

O herói elabora
o cume e a queda
e ao cair
erige o abismo.


 


Página publicada em setembro de 2020

 

 

 


 

 

 
 
 
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