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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ilustração: Jorge Lopes

ROGÉRIO GENEROSO


Nasceu no Recife em 20 de setembro de 1963. Criou, em agosto 2004, o Movimento cultural Invenção de Poesia com um grupo de amigos e, em 2006, a Semana Alternativa Recifense de Arte Literária (SARAL). Ainda em 2006, recebe menção honrosa em concurso literário da UBE-PE e o 5° lugar no concurso Mostre Seu Talento do Sindicato dos Bancários-PE. Atualmente é assessor da diretoria da UBE-PE.

 

 

De
MARGINAL RECIFE
Organizadores: Valmir Jordão e Lara
Recife: Prefeitura do Recife, Secretaria de Cultura,
Fundação de Cultura da Cidade do Recife, 2007
92 p  ( Coletânea poética 5 )

Gentilmente cedido por Silvio Hansen

 

Poema de uma cidade

 

A cidade é um caligrama

poema contorcionista

que a caligem não faz revelar

a quem não a conhece por dentro:

 

se demoras a cidade te alcança;

entregue, ela te come o osso

te sopra inverso a narina

te deita ao fosso

 

a cidade não anda, não pára;

amontoa-se cada vez mais

e arremessa-se do vigésimo andar:

eis a primeira página do jornal de ontem.

 

Réstia de sono

 

Bebo o silêncio de palavra

surda, cromada e azul

sob uma réstia de sono

incrusta em carne triste

 

em mim

 

a constância de solidão

são lírios imaturos, olvidos

de transparência e sonho

 

(sou ilha)

 

imune de outras flores

desmancho o jardim

em pântano propício

ao poema

 

(dentro das pálpebras os olhos

perdidos vêem o enfermo

pássaro que beija o lírio

uma só vez).

 

 

Habitar no poema

 

Habito o experimento do verso
no vidro das irreais flores
guardadas por anjos terríveis

A minha loucura acossada
de solidão pelas pedras de sal
liberta o peixe
do rictus da pantera

No pátio abandonado de sonhos
encanta-me ainda, a vida
na ausência de perfumes e azuis

Busco  o corpo do poema
em tudo e nada
ou em qualquer existir
para longe dos dicionários.

 

 

Página publicada em janeiro de 2011

 

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