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MOCINHA DE PASSIRA

 

Descobriu, ainda criança, que possuía o dom de improvisar versos e, na adolescência, caiu na estrada. Ela se chama Maria Alexandrina da Silva, 70 anos, e é conhecida como Mocinha de Passira. É também o único nome da cantoria de viola agraciado como Patrimônio Vivo de Pernambuco.

 

 

POETAS DO REPENTE. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2008.  116 p.  28 X 15 cm. ISBN 978-85-475-6.  Livro didático com quatro documentários em DVD e Trilha Sonora em CD. / Edição bilíngue – português / inglês. Capa dura. Inclui 2 CDs.

 

A criação do cantador popular tem seu ponto alto no momento do improviso, um exemplo da multiplicidade da cultura brasileira. A série Poetas do Repente faz uma leitura contemporânea desta arte de modo
a divulgar a cultura popular nordestina nas escolas públicas de todo o
País, enriquecer o processo de ensino-aprendizagem e contribuir para o aprimoramento das práticas pedagógicas.
[Permitida a reprodução para fins didáticos, sem fins lucrativos.]

 

 

         OS DIREITOS DA MULHER

 

 Venho em nome da mulher brasileira
Exibindo os direitos que ela tem
Sou mulher, canto livre, vivo bem
E a vida é a minha companheira.
Deus permita que eu viva a vida inteira
Defendendo o mais forte ser humano
Que carrega no ventre
Quase um ano a semente de nossa geração
Não lhe adora que não tem coração.
Nos dez pés de Martelo Alagoano.

 

A mulher já viveu sob pressão
Muito mais do que está vivendo agora
Com a família lhe jogava pra fora
Pelo sim dos serros da paixão.
Aumentando a sua aflição
A tristeza, a dor e o desengano.
Sem apoio de filho, que mamando,
Sentindo desprezo de seu pai
Muitas delas não acertavam mais.
Nos dez pés de Martelo Alagoano.

A solteira era a escrava dos pais
O irmão de menor mandava nela
Precisava permanecer donzela
Pra poder ser noiva de um rapaz.
Na festa era um na frente outro atrás
Seguidos de perto pelo mano
O casamento era uma vez no ano e as
funções dela, quando casas,
era de esposa, de mãe e empregada.
Nos dez pés do Martelo Alagoano.

A mulher já foi muito escravizada
E só agora ela está se libertando
Aos níveis do homem acompanhando
Mas ainda é vítima de piadas.
O machista quase não lhe agrada
Porque é exigente e desumano
Se ele pensa em ser leviano
Farrar e bater a mis de cem
Esse mesmo direito a mulher tem.
Nos dez pés de Martelo Alagoano.

A mulher numa longa luta vem
Procurando assumir o seu lugar
O machista imbecil não quer deixar
Temendo o talento que ela tem.

Já o homem moderno pensa bem
E começa a dizer em cada “prano”
Agradeço a Deus Pai o soberano
Por ter feito a mulher jóia também
Que o homem só é feliz com ela.
Nos dez pés de Martele Alagoano.

A mulher hoje assume as funções dela
Treina time no campo, joga bola
Também canta repente com viola
E segue à frente
Faz as cenas da novela
Que a mulher que sabe lavar panela
É a menina que vai tocar piano
Pilotar qualquer aeroplano
E jurar defender nossa bandeira
Toma conta da história brasileira
Nos pés de Martelo Alagoano.

 

A mulher sendo esposa companheira
Nos momentos de dores e prazeres
Cumpridora também dos seus deveres
Do trabalho pra o lar até a feira.
Então sabe a mulher brasileira
Nos doze meses de cada ano
E é preciso que homem tome plano
Para não se arrepender depois
Que Deus fez esse mundo foi pra os dois.
Nos dez pés de Martelo Alagoano.


 Página publicada em agosto de 2020     

 

 


 

 

 
 
 
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