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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MARCELINO BOTELHO

 

Marcelino Botelho é formado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco-UFPE. Poeta, ensaísta, compositor, escreveu os livros de poesia A Dança das Pedras, Inventário das Chuvas, Resumo do Cromo, O Corpo sobre a Lâmina, Poemas de Anzol,  Estórias de Goteira e Sons por toda Vida e ensaios sobre a poesia de João Cabral, semiótica, música, canção popular, os contistas Machado de Assis e Moreira Campos, o teatro de Joaquim Cardozo, Baudelaire, etc. Publicou em jornais e revistas. Nome artístico: Marsel.

 

SONETOS  v. 3.  Jaboatão, PE: Editora Guararapes EGM, s.d.   303- 458 p.   11 x 16 cm     Inclui 57 brasileiros e portugueses, em língua portuguesa. Editor: Edson Guedes de Morais.  Edição artesanal, tiragem limitada.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

         SONETO DE ORBE E DE INFINITO

         Agora faço a viagem, que raios itinerantes, qual espírito.
Desentranham o sonho do mistério, enchem os espaços
De onde o dia se põe aceso e solto os pássaros,
invadem a sala, mobilizam a casa de luz e de infinito.

         Os pássaros itinerantes aliam-se aos ventos e aos rochedos
E, nessa viagem de corpo inteiro, cada dia seu coletam.
Acordo então e ponho-me a pensar nesses segredos.
Em todos esses obstáculos de ave que em nós se hospedam.

         E a buscar respostas nessas rarefeitas estâncias,
Do pelo um desejo urgente cresce e me revista;
Na boca a fala em dentes se recama no revoo

         De palavras secas e esquisitas, qual energia
Que cai nos poros, e liberto, como ave, se inicia
Na colheita da vida que nos cerca e nos irradia.

 

 

         SONETO DE TODO O CORPO LAVADO

         Ao longo das margens, acerquei-me
Do rio, que em minhas botas assentou.
Busquei, assim, as suas rotas, de joelhos,
Lavar o cansaço como se lavam as gaivotas


E os olhos de quem chorou, como lava o inverno.
Ali, o corpo rompeu-se pus e ventania
Para além dos dias e das mãos que imitavam o inferno.
Tomando-o da água, que não embacia.

         Menos até que isso: da água-mão que o embalsamava
E a ungia; mesmo assim, o corpo, como um rio, seguia.
Vestia-se de água e de vento, por fora e por dentro.;

         E cada momento girava seu carrossel de espumas
E trazia à terra todo o pasto das chuvas.
As coisas todas como um inventário imenso!

 

 

Página publicada em maio de 2019

 


 

 

 
 
 
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