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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Julio José da

 

SILVA RAMOS

 


 

José Júlio da Silva Ramos (Recife, 6 de março de 1853 — Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 1930) foi um professor, filólogo e poeta brasileiro, membro fundador da Academia Brasileira de Letras.

Passou grande parte da infância em Portugal, educado pelas tias maternas. Depois de um breve retorno ao Brasil, voltou para Portugal, estabelecendo-se em Coimbra, em cuja universidade se matriculou em 1872, concluindo o curso de Direito cinco anos depois.

Conviveu com os grandes escritores portugueses da época, incluindo entre eles os poetas João de Deus e Guerra Junqueiro. Quando estudante universitário publicou um livro de versos ao qual deu o nome de Adejos (Coimbra, 1871).

Quando de seu regresso definitivo para o Brasil, lecionou em vários colégios. Ensinou português e, na mesma época, colaborou em alguns periódicos, destacando-se entre eles A Semana, dirigida por Valentim Magalhães, na cidade do Rio de Janeiro.

Seu filho Flávio Ramos tornou-se uma figura histórica por fundar o Botafogo Football Club mais tarde Botafogo de Futebol e Regatas, além de ser o primeiro goleiro e goleador de sua história.

Obras: Adejos; s.d.;   Pela vida afora, Rio de Janeiro, 1922; Centenário de João de Deus, 1930

A reforma ortográfica, 1926.

Biografia: wikipedia

 

 

 

 

OS SONETOS. AntologiaSão Paulo:  LR Editores, Banco LarChase, 1982.  237 p.   22 x 28 cm. Capa e ilustrações de Percy Deane.   Encadernado. Edição Especial Banco Lar CHASE. Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

 

N Ó S

 

Eu e tu: a existência repartida
Por duas almas; duas almas numa
Só existência. Tu e eu: a vida
De duas vidas que uma só resuma.

Vida de dois, em cada um vivida,
Vida de um só vivida em dois; em suma:
A essência unida à essência, sem que alguma
Perca o ser una, sendo à outra unida.

Duplo egoísmo altruísta, a cujo enleio
No próprio coração cada qual sente
A chama que em si nutre o incêndio alheio.

Ó mistério do amor onipotente,
Que eternamente eu viva no teu seio,
E vivas no meu seio eternamente.
 

 

 

Página publicada em setembro de 2020


 

 

 
 
 
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