Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: http://www.noticiadaki.com.br

 

JOSE EDUARDO MARTINS DE BARROS MELO

 

José Eduardo Martins de Barros Melo Nasceu em Recife-PE, em 1962. Ao lado de Francisco Espinhara, iniciou o Movimento dos Escritores Independentes de Pernambuco e teve ativa participação na vida cultural nos anos 80. É estudioso da obra de Manuel Bandeira e sobre ele, além de diversos artigos, publicou os livros “Bandeira: uma poética de múltiplos espaços” e “Os caminhos Movediços de Bandeira. É professor do PPGMEL/UNIR, membro do Grupo de pesquisa em Poética Brasileira Contemporânea da Universidade Federal de Rondônia e da Diretoria executiva da revista do Centro de Estudos da Linguagem Re-UNIR.

Publicou os livros de poemas Restos do fim (em parceria com Cida Pedrosa), A batalha pelo poema (Com Francisco Espinhara e Pedro do Amaral Costa), Eczema no lírico, Procissão da palavra, O lado Aberto, A palavra falta, Este livro não existe e outras inexistências, Retalhos de água” e o livro “Movimento dos Escritores Independentes (História e produção Literária) com Maria Elizabete Sanches, além do folheto intitulado NU-UN.

Atualmente é consultor das revistas acadêmicas Reunir e Igarapé e atua como Coordenador do Curso de Letras à distância na Universidade Aberta do Brasil, na UNIR/Campus de Porto Velho (Rondônia).

 

Extraído de:

REVISTA PIXÉ   - Cuiabá - Mato Grossol
EDIÇÃO NO. 5 – ANO 1 – AGOSTO/2019

 

OCEANOGRAFIA DO ROSTO

transparente, o rosto

também é água

fora de seus domínios

tenta ser olho apenas

para evadir-se

como parte de rio

em seu templo sereno

as ondas são inimigas

deste mar equilibrado

como concha, ainda

revela-se o rosto

Pacífico e Atlântico

Índico, em seu idílio

de remontar outro mar

Ártico, em desejo

de querer-se íntimo

Glacial, Antártico,

em desejo de se revelar.

 

A palavra zero

Eduardo Martins

 

Todo redondo do mundo

Só cabe de ser profundo

No fundo palavra zero

Porque em seu centro dorme

Esta oração que comove

E se planta de desertos

No vazio que renova

Outro mundo que, se forma,

É centro palavra zero

Todo redondo do mundo

No centro de outro fundo

É fundo quase deserto

 

 

 

 

 O ceramista

Eduardo Martins

 

 

Uma peça quando outra

Sempre diz mais que de atrito

E se une lado a nova

Pelas mãos do ceramista

Peça que outro sermão

De ser discurso de riscos

Ou de outro corpo encosta

Tanto mais cor do que brilhe

Ser invento em solo firme

Ou cerâmica de novo

Colada quase sentido

De cacos de piso posto

Pois rejunte há de ser risco

Que se gruda pelo outro

Ou que outro há de atrito

Que atrito não se ouve.

 

Oceanografia do rosto

Transparente, o rosto

Também é água

Fora de seus domínios

Tenta ser olho apenas

Para evadir-se

Como parte de rio

Em seu templo sereno

As ondas são inimigas

Deste mar equilibrado

Como concha, ainda

Revela-se o rosto

Pacífico e atlântico

Índico, em seu idílio

De remontar outro mar

Ártico, em desejo

De querer-se íntimo

Glacial, Antártico,

Em desejo de se revelar.

 

 

GEOGRAFIA DO MAL

Recife, diluidora
Dos meus sonhos
Tens água suficiente
Para afogar-me.

Tuas lâminas de vento
Ensaiam o corte
De minhas pontes
Respiratórias.

Em ti, sou ilha,
Cercado de males
Por todos os lados.

 

[Poemas extraídos de http://versudiveersus.blogspot.com/ ]

 

*

 

 

 

 

 

Página publicada em agosto de 2019


 

 


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar