Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



HIDERALDO MONTENEGRO

 

 

Nasceu em 26 de novembro de 1957 em Moreno, Pernambuco. Aos 18 anos foi morar em São Paulo, onde viveu durante 10 anos. Neste período, trabalhou na Editora Abril (no setor de quadrinhos). Publicou charges e cartuns em vários jornais e revistas. Participou do VII e VIII Salões Internacionais de Humor de Piracicaba. Ganhou menção honrosa no I Salão Nacional de Humor de Goiânia. Trabalhou durante curto tempo, desenhando vinhetas e caricaturas, no jornal O Estado de São Paulo. É casado com Maria Castro (Mariinha) e tem 3 filhos, Danuza, Flávio e Vagner. Como desenhista ilustrou o livro do jornalista Sérgio Augusto da Silveira, Reportagem e Resistência. Também ilustrou os livros das peças teatrais do escritor Cícero Belmar, A Flor e o Sol e A Floresta Encantada. Criou a capa e ilustrou o livro A Morte Trágica da Patinha do escritor Paulo Fernando Farias. Atualmente colabora esporadicamente com artigos sobre misticismo com uma revista do gênero. Hoje, além da poesia, se dedica principalmente dos estudos místicos e, neste campo, fez algumas palestras e publicou dois livros sobre o assunto. Concomitantemente sempre desenhou e escreveu.

Em 1984 começou a publicar poemas em alguns jornais e revistas. Publicou dois livros de crônicas pela livrorápido A Eternidade do Ser e A Ponte Cósmica. No ano de 2010 publicou os livros de poesias Alquimia das Águas, O Pássaro e Humano Canto, respectivamente, pela Artexpressa Editora. e-mail: hideraldo2007@yahoo.com.br

 

A seguir, as capas do livros:  

 

Vea también: TEXTOS EN ESPAÑOL Y PORTUGUÊS

 

 

ESPELHO

 

Escrever com água

é permitir a fluidez das idéias

que se somam e modificam

o curso das palavras

 

Escrever com água

é matar a sede

dos que procuram contemplar-se

a si mesmos

 

Escrever com água

é se adaptar a todos os recipientes

e refletir o que todos sentem

 

 

IDENTIDADE

 

Que povo eu sou

que senta comigo no sofá

e que assiste a TV embasbacado?

 

Que povo eu sou

se não sou um

mas muitos nós?

 

Que povo eu sou

que vai à missa

e pede perdão e pede clemência

e salvação pelos erros

que cometem conosco comigo?

 

Que povo eu sou

incompleto e perdido?

Que povo eu sou

que vivo olhando

para o meu próprio umbigo

e não me encontro em mim

mesmo nos outros eus?

 

Que povo eu sou

se não sou eu?

 

 

INSPIRAÇÃO

 

A poesia só acontece

quando me deixo

quando me deito

quando me vejo

quando me mexo

 

 

POEMA

 

A poesia é rima,

palavra e esgrima?

A poesia é artifício,

metro e vício?

A poesia é construção,

arquitetura sem paixão?

A poesia é luxo acadêmico,

que evita da pele o endêmico?

A poesia é esqueleto, carne, corpo

ou idéia, mente que sustenta o dorso?

 

 

O POMBO

 

Um homem sentado numa praça

de Curitiba, São Paulo, Recife, Londres...

 

Aquele homem é o mesmo

em todas as praças do mundo?

 

Um homem pousa num banco

e seus pensamentos voam igualmente

como o pensamento de todos os homens

sentados numa praça qualquer

 

Eis um homem pousado voando

pelo mundo

 

Esse homem é um pombo

Esse homem é a paz

 

Será por isso que existem praças

para os homens pousarem

e soltarem as suas asas?

 

 

VIAGEM

 

Esse sangue

esse poço

essa vontade

de me erguer

verticalmente

até o topo

de minha cabeça

definem o meu tamanho

dentro de mim

 

 

CRESCIMENTO

 

Viajo na perspectiva

—As coisas se fecham e se abrem

atrás e à minha frente

 

Viajo

de táxi, ônibus, navio, trem ou metrô

e tudo não passa

de uma viagem interior

 

 

SINAIS

 

Essa alma inscrita no tempo

marca um espaço temporário

paradoxalmente eterno

 

==============================================

TEXTOS EN ESPAÑOL Y PORTUGUÊS
Traducción María Cristina Ogalde, Talcahuano-Chile

 

 

 

RECUERDOS

colecciono palabras antiguas
y es un extraño placer
pero bordada de caminatas
de pies  de avenidas puentes rios

Hago gestos anchos y dejo fluir
la risa y la lágrima con la misma intensidad
de los navios que cruzan mares,rostros,miradas

Grabo los ojos de las niñas en mi rostro
y guardo siempre abiertos recuerdos

no disfrazo mis fantasías
sigo abierto
siempre con el corazon adelante
de esta procesion de mi mismo


 

LEMBRANÇAS

Coleciono palavras antigas
e um gosto estranho pelo bordado da caminhada
dos pés estradas pontes rios

Estruturo gestos largos e deixo fluir
o riso e a lágrima com a mesma intensidade
dos navios que cruzam mares rostos olhares

Fixo os olhos das meninas em minha cara
e guardo sempre abertas lembranças

Não disfarço minhas fantasias
Sigo aberto
sempre com o coração à frente
desta procissão de mim mesmo

 

 

INSOFISMÁVEL


Este cuerpo que cruza la vida, la garganta, la época
cruza la zanja, el foso,
el viento alcanzable como el ganado  y el heno.


Este  cuerpo, nesesario instrumento, inevitablemente afinado con el tiempo
lucha por mantenerse atento, pulsante y, a veces,  dormido
como puerta, concha, molino,veleta


Atraviesa la noche, el sueño, los sueños, la estación, el tren,

la frente, el pelo, el peine.

Viste caras, amores, rencores,bocas,dientes,

abrazos, miedos, pájaros, serpientes.

Atraviesa el gozo, el abrazo y el aguardiente

y aún asi despierta pesado,

y solo no logra traspasar la oscuridad, el cuchillo, el dolor de dientes.

 

 

INSOFISMÁVEL

 

Este corpo que atravessa a vida, a garganta, o tempo

atravessa o fosso, a fossa, o vento

sempre mensurável como o gado e o feno

 

Este corpo, irrecusável instrumento, indissoluvelmente afinado com o tempo

luta para se manter atento, pulsante e, às vezes, dormente

como porta, concha, moinho, cata-vento

 

Atravessa a noite, o sono, o sonho, a estação, o trem

a fronha, o cabelo, o pente

 

Veste caras, amores, rancores, bocas, dentes

abraços, espantos, pássaros, serpentes.

 

Atravessa o gozo, o abraço e a aguardente

 

Contudo, acorda pesado

e só não consegue atravessar a cova, a faca, a dor de dente.

 

 



CERTEZA



Lo que de esta mano queda
luz, oscuridad,abertura?
Que suelo puso a la memoria
por donde anda el vuelo,

la semilla,el grano?

Y el mundo en vueltas
vuelve al comienzo
de todo
todo es apenas recuerdos
puso amplificados

y el suelo nos espera
en caminos ya trazados
-líneas de la mano

CERTEZA

 

O que desta mão resta

luz, escuridão, fresta?

Que chão pouso a memória

por onde anda o vôo

a semente, o grão?

 

E o mundo em volta,

volta ao começo

de tudo

tudo é apenas recordação

pouso amplidão

 

E o chão nos espera

em estradas já traçadas

-linhas da mão

 

 

 

DESPEDIDA

No me esperen para la cena
No me esperen en las esquinas                 

sigan adelante
sacudan los pies,
escobillen los dientes
hagan la fiesta
canten , bailen
y liberen todos sus fantasmas
de mi
y vela no necesitan encender

Digan solamente adiós
y me dejan en paz
que no soy mas de aquí

-Al final, este silencio mío
no es convincente?

 

DESPEDIDA

 

Não me esperem para o jantar

Não me esperem nas esquinas

Não sejam bestas em me esperar

Sigam em frente

Escovem os pés penteiem os dentes

Façam a festa

Cantem dancem

e soltem todos os seus fantasmas

de mim

e vela não precisam acender

 

Digam apenas adeus

e me deixem em paz

que daqui não saio mais

 

-Afinal, este meu silêncio

não é convincente?

 

 

 

TRINCHERA
                                              
Que vengan las cigueñas
que vengan los abrazos abiertos
que venga la sonrisa leve, segura, cierta
que vengan las mentiras,
las   verdades, las verguenzas
que venga el vuelo, el aterrizaje y los nietos
que vengan todos los aeropuertos
que vengan y pasen todos
que necesito continuar en campo abierto                             
vivo o muerto.

TRINCHEIRA

 

Que venham as cegonhas

Que venham os abraços abertos

Que venha o sorriso leve fixo certo

Que venham as mentiras as verdades e as vergonhas

Que venham o vôo e o pouso e os netos

Que venham todos os aeroportos

Que venham e passem todos

que preciso continuar em campo aberto

vivo ou morto

 

 

 

Página ampliada e republicada em agosto de 2010.


Voltar para o topo da página Voltar para a página de Pernambuco

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar