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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: http://www.imcbr.org.br/

 

ESMAN DIAS

 

46 POETAS, SEMPRE.  Organização: Almir Castro Barros.  Recife: Edições Bagaço, 2002.  145 p.  20x21 cm.  ISBN 85-7409374-2  Poetas pernambucanos contemporâneos, poesia pernambucana.  Col. A.M. 

 

Aluvião

 

          Para Irma Chaves

 

com as mesmas vinte palavras

girando ao redor do sol

que as limpa do que não é faca:

João Cabral de Melo Neto)

 

Parto in time aspre, et di dolcezza ignudo

(Petrarca)

 

 

Falo do que não falo quando falo:

falo do meu silêncio,

bem mais claro

que as vozes incessantes dos que falam.

 

Falo do que não falo: do que sou:

bicho da terra - surdo - e mau cantor.

 

Falo do que não falo: tão pequeno

a destilara noite o seu veneno.

 

Falo, não para o mundo dos sentidos:

falo somente para o inteligível.

 

Falo do que percebo: coisas claras

aéreas superfícies, copos d'água.

 

Falo na muda fala da batuta,

clara e precisa, do maestro à música.

 

Falo da pedra dura, da aspereza

de pedra sobre a pedra desta mesa.

 

Falo de mi m em tudo de que falo.

Falo dos meus espelhos, quando calo,

 

Falo como quem vai a julgamento

sem esperar o indulto do seu tempo.

 

Falo com a voz alheia que me toca.

Falo e regresso - ileso - à minha toca.

 

 

 

POÈME EN FRANÇAIS

 

Esman Dias est né dans l'État de Paraíba. Ses racines sont dans le Sertão. Les parents émigrèrent sur le littoral du Pernambouc et le petit garçon passa son enfance et son adolescence au bord de la mer. dans le quartier des Miracles, à Olinda. Dès l'enfance, il lit et écrit dans les deux langues qui lui sont affectivement les plus proches. Parmi les héros de cette époque, il y a un gamin nommé Huck Finn et les amis que Ion sera amené à connaítre dans le livre Cartos Magno e seus cavaleiros. Il a enseigné à Birmingham. Alabama et à Urbana-Champaign, Illinois.

Poète. professeur de Littératures dexpression anglaise et de Théorie et Techniques de la Traduction à l'Université Fédérale du Pernambouc ; coordinateur du Noyau d'Études de la Création Poétique. il organise tous les ans le Colloque Cecília Meireles. Publications : Os retratos marinhos (épuisé). 1964 ; Clave - caderno de poesia, épuisé (1965); Poesia pernambucana moderna - breve antologia (1999); 46 poetas, sempre. (I. ed. 2002: 2. ed. 2003); Estação Recife (2003). Imagem passa palavra, 2 ed.. Edição Identidades. Porto. Portugal, 2004. Il a publié également dans le Jornal do Commercio et Diário de Pernambuco, dans les années 1963-66, et dans la revue Encontro, du Gabinete Português de Leitura, et plus récemment, des poèmes dans la Folha de Pernambuco et dans une traduction de Laura Correia.

 

RECIFE – UM OLHAR TRANSATLÂNTICO –  NANTES  -  UN REGARD
TRANSATLANTIQUE –Antologia poética – Anthologie poétique
.   Organizada por  Heloisa Arcoverde de Morais e Magali Brazil, tradução Everardo Norões, Renaud Barbaras.  Recife: Fundação Cultural Cidade do Recife, 2007.  206 p.  15x20 cm. Inclui os poetas brasileiros: Alberto da Cunha Lima, Cida Pedrosa, Deborah Brennand, Erickon Luna, Esman Dias, Everardo Noröes, Jaci Bezerra, Lucila Nogueira, Marco Polo, Miró, Pedro Américo Farias. “ Ex. bibl. Antonio Miranda.

 

Les portraits marins
(fragment)

 

A José Cláudio

 

 

La famille marine se nichait

contre la ligne de l'horizon devant elle :

le grand-père chenu était dément

il ne voyageait plus depuis si longtemps ;

 

Le fils, brun de peau,
lisait des livres étranges et rêvait;
la mère, femme ardente chez elle,
jetait des tournesols au vent.

 

Il y avait seulement, à l'ombre des parents,

le fils qui parlait comme absent

et marin dans un rêve limpide fuyait;

 

il y avait l'amante : cetait Maria

qui par amour lui donnait, abandonnée,

la nuit, en flamme, le corps adolescent.

 

 

 

 

Os retratos marinhos
(fragmento) 

        A José Cláudio 

 

A família marinha se aninhava
à linha do horizonte à sua frente:
o avô encanecido era demente
há tanto tempo já não navegava;

 

O filho homem, de carão moreno,
lia livros estranhos e sonhava;
|a mãe, mulher ardente em sua casa,
desperdiçava girassóis ao vento.

 

Havia só, à sombra dos parentes,
o filho que falava como ausente
e nauta em sonho límpido fugia;

 

havia a namorada: era Maria

que por amor lhe dava, displicente,

à noite, em chama, o corpo adolescente.

 

 

 

Página publicada em dezembro de 2013; ampliada em fevereiro de 2016.

 

 

 


 

 

 
 
 
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