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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ilustração: Jorge Lopes

ANTÔNIO DE CAMPOS


Luso-descendente, nasceu em 1946, no município da Pedra, sertão de Pernambuco. Traduziu e prefaciou as Canções da experiência e da inocência, de William Blake. Obras do autor: Mais forte que o ma/, Crítica da razão vivida, 20 tiranas de amor mais 10 canções de amor às avessas, Palavra de ordem, 20 Poemas de amor e uma canção sem desespero, Feito no coração e participação na antologia Natal

pernambucano. Tem poemas seus e traduzidos, publicados na imprensa pernambucana. Dedica-se ainda à crítica literária, havendo escrito orelhas e prefácios de poetas anteriores e posteriores a sua geração, e artigos sobre poetas de sua geração.

 

 

De
MARGINAL RECIFE
Organizadores: Valmir Jordão e Lara
Recife: Prefeitura do Recife, Secretaria de Cultura,
Fundação de Cultura da Cidade do Recife, 2007
92 p  ( Coletânea poética 5 )

Gentilmente cedido por Silvio Hansen

 

Cuco em ninho de pardal

 

Sou doutra linha de montagem,

queixar disso não me queixo -

meu verso é pão quando pão

e em não sendo pão, é queijo.

 

Nascido em ninho de pardal,

meu cantar é canto de cuco,

meus iguais moram em relógio,

são mecânicos e eu maluco.

 

Sou igual, mas não idêntico,

me reservo a mim o direito

de não cantar as horas certas:

Eu denuncio este tempo estreito!

 

Canto que de males me espanto

e me espanto de tantos males

que se também não te espantas

estás morto e menos vales.

 

 

 

Canção do marasmo nacional

 

Tudo está na santa paz!

Nos céus do país, o Halley,

em terra os "artistas" entreguístas

e os malandros do ano sem lei.

 

Tudo está na santa paz!

Bolívar em Tacaruna sem salves

e os conformados conformistas,

na palma, o sabiá do Gonçalves.

 

Tudo está na santa paz!

As horas dadas na Malakoff,

nas docas, quem ouviu jamais

o Big Ben, mas esse roscofe.

 

Tudo está na santa paz! .

Nas clínicas, os lunáticos

que cantam a lua dos loucos,

afastando o mal dos práticos.

 

Tudo está na santa paz!

Os de centro, trás e frente,

só não, em qualquer posição,

meu coração consciente.

 

 

Página publicada em janeiro de 2011

 

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