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 PONTI PONTEDURA



Os poemas saíram publicados na prestigiosa revista COYOTE - VERÃO 2010 - N. 20, gentilmente enviada pelos editores. Dois poemas de um autor paulista que está se afirmando, com muito talento, na cena brasileira. No exemplo abaixo, um texto metapoético de linguagem renovada.  Escolhemos  um apenas para chamar a atenção para a edição dos poemas, que devem ser lidos na referida revista, que está à venda em livrarias e à disposição dos interessados através da distribuidora Iluminuras ( www.iluminuras.com.br ). 


Ponti Pontedura nasceu em Londrina, Paraná, em 1953, pseudônimo de Lourivaldo Pontedura, é jornalista, diretor e roteirista de cinema. Escreveu o livro de poesia A Palavra Sabe, ainda inédito, e vive em São Paulo.

 

 

A PALAVRA SABE
(ou) CLAREIRAS NA ESCRITA


Invento céu chão caminho lugares
a casa onde eu moro.

Ninguém vem bater, que porta não há.
É casa de palavras minha moradia.

Imagino dia, e o sol me envia claridades.
Imagino escurecer, e minha sombra enorme
— maior que a noite — enche o espaço escuro.

Procuro no espaço escuro
o claro sentido da luz:
abrir em mim clareiras na escrita.

O meu punhal — sedento de sangue —
penetrasse a carne da poesia plácida

e a ferida abrisse seu corpo carnudo.

Um corte na veia da palavra sanguinea
lançasse sangue na minha face

e extirpasse o tempo flácido.

Poema abatido, animal prostrado,
vertesse seu sangue para a minha língua.

Mormaço de poesia ao meio dia
escalda o chão por onde passo, descalço.

Passo pela palavra gasta,
gasto o chão por onde passo,
e gasta a palavra me corrompe.

Passo pela palavra devastada,
devasto a terra por onde passo,
e devastada a palavra só faz ruínas.

Passo pela palavra sussurro,
sussurro um poema por onde passo,
e sussurrada a palavra é um segredo.

Ele segreda ao meu ouvido,
soletra palavras silenciosas,
onde se esconde o poema infinito.

Tranque-se em seu segredo,
guarde-se num poema oculto,
esconde esta palavra esconde.

Não se revela nada.
À palavra dada
não se abre a boca.

A palavra guarda todo sentido,
encerra em si o que há em mim,
entra muda e sai significada.

Palavra calosa tem a mão pesada.
Era a mão do meu pai
que se estendia e pousava
para o beijo da benção.

 

Página publicada em novembro de 2010. Sujeita a aprovação pelo autor para ser mantida.

 

 

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