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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PAOLA ROHDEN

 

 

Paola Rhoden nasceu na cidade de Guarapuava no Estado do Paraná, Brasil. teve 8 livros editados. Membro correspondente da Academia Cachoeirense de Letras, Academia de Letras e Artes de Goiás, Academia de Letras e Artes de Fortaleza, Membro Imortal da Academia de Letras e Artes de Vitória, membro da Câmara Baiana do Livro. Participou no ano 2000 do Programa Internacional de Literatura em Madri; em 2002 da Convenção Internacional de Escritores em New York; em 2004 da Convenção de Escritores Latino Americanos em Punta Del Leste; em 2005 da Convenção Mundial de Poetas em Lisboa; em 2007 e 2008 do Programa de Literatura da Universidade de Miami; em 2009 na Convenção de Literatura e Arte em Madri; em 2010 na expo Literatura e Arte Cidade do México. Em 2012 foi homenageada pelo Livro Caminhos Sem Volta considerado um dos melhores romances do ano. Em 2013 participou em eventos literários, em Madri, Lisboa, Paris, Milão, Frankfurt, Viena, Cidade do México e Buenos Aires. Em 2013 recebeu os prêmios: Destaque Poético e Melhores Contistas pela Editora Mágico de Oz (Portugal), e homenagem com o Prêmio "Diamonds of Arts and Education" no Castelo de Cobenzl em Viena na Áustria. Em 2014 recebeu o prêmio Cidade de Porto Alegre.

 

 

 

 

Escolhas

 

São metas estipuladas

Os caminhos que escolhemos

Mas elas nos dão direito

De voltar muito mais tarde,

Com outro olhar do mundo,

Quem sabe tendo mais força

Para dar aos que ficaram

Um saber bem mais profundo

De tudo que aprendemos.

 

 

Apenas

 

Sou apenas poetisa

Olho o mundo com carinho

E minha alma apenas visa

Ter o sol em seu caminho

 

 

Fluxo da vida

 

Os ventos levam as folhas

As flores ficam sem pétalas

A vida passa depressa

E nisso não temos escolhas

 

 

Natureza é Amor

 

Hoje amanheci com sede de vida

Com fome de chuva

E saudade doída

Com o olhar abracei o horizonte

E vi na grama o sol como fonte

Daquelas folhas caídas

Senti o cheiro do verde bailando

No som do rouxinol cantando

Vi a cor do vento dourado

Dobrando todo o cerrado

Na colorida beleza da flor

soube então que isso é o amor

Que Deus está me enviando

 

 

Pensando no amanhecer

 

O serenar da madrugada

Faz o meu ser virar em nada

Toco as estrelas com as mãos

Daqui a pouco o sol nasce

E talvez a tristeza passe

Sumindo esta solidão

Erguendo o olhar para o infinito

Vejo como o céu é bonito

Com o azul escuro estrelado

Fico aqui pensando sozinha

Somente as coisas que são minhas

Que permanecem a meu lado

Em algum momento pensei

Todas as coisas que almejei

Algumas não me foram dadas

Mas, todas as que recebi

E com esforço consegui

Até hoje tenho guardadas

 

 

Faço parte

Faço parte desta luz silente,

Deste canto de um clamor plangente,

Faço parte desta vida ociosa,

Do longo grito da alma ansiosa.

Sou carente de um olhar cioso,

Presença firme em meu andar,

De um carinho por demais precioso,

Um alento para o meu sonhar.

Seria muito pedir a mão,

Para um apoio no caminhar,

Nem é preciso o coração,

Acelerando o seu pulsar.

Só tenho medo de não viver,

O tempo certo de um querer,

Porque da vida em sua arte,

Tenho certeza que faço parte.

 

 

Sonhos ao poetar

 

A estrela D'Alva no horizonte

Nos mostra a direção do poente

Sigo com olhar o seu caminho

Que me mostra como posso ir

Ao lugar que meu sonho criou

Neste lugar existe uma fonte

Que guarda em seu seio uma semente

De alguns lugares bem diferentes

Onde todos possamos sorrir

Coisas que a poetisa sonhou

O grito da Natureza em prosa poética

Fazemos parte de um contexto

onde a finalidade de uns pode prejudicar a de muitos outros.

Vemos as árvores serem cortadas para enriquecer uns poucos,

deixando uma imensa ferida aberta no seio de nosso chão,

onde a natureza levará muitos anos para repor esse quinhão.

Notamos que, poucas pessoas se preocupam

com o que possa ficar no planeta para o futuro, e não educam

os filhos e sua geração.

E nessa ordem, a Terra poderá deixar de ser um planeta azul,

para se tornar cinza na escuridão.

Nada repõe uma floresta secular colocada abaixo por mãos incautas.

De nada adianta o grito triste da juriti assustada

que se vê devassada

ao tombar seu ninho.

 Fica no olvido o correr cansado e sozinho

do caititu sem lar.

As águas escasseiam, o solo seca, os galhos ficam sem folhas,

e os pássaros não tem escolhas

ao ficar sem  aconchego.

Quedamos a olhar esse mundo verde ruir,

pensando até quando a natureza, suportará  tantos maus tratos. 

E isso é fato.

Nas cidades, o lixo entulha ruas e parques,

e os que por ali transitam fingem ignorar o mal em que pisam.

A poluição do ar pelo imenso fluxo de motores em combustão

fica denso e irrespirável.

E o mundo bom fica inviável.

Os rios citadinos, assoberbados pela grande massa de sujeira em seus leitos,

quase sem nada de vida em seu seio, ficam sem jeito,

e carregam para o mar o veneno que lhe intumesce o âmago,

onde se mistura com o que lá já existe.

E o homem insiste.

Florestas, águas doces e salgadas, saturadas,

pelo poder enorme do desleixo humano,

que esconde por baixo dos panos,

a triste realidade,

deste homem que  em seu viver destrói, o que de melhor a natureza tem,

e demonstra no seu  desdém,

sua mais vergonhosa maldade.

Essas arvores choram sua própria morte,

Que de sorte,

não tem mais ninguém.

Quem sabe um dia,

o grito daqueles que se preocupam com a vida,

seja ouvido pelos que usam serras,

e deixem em paz o planeta Terra,

E ainda haja tempo de salvar esse Planeta Azul.

 

 

Haikai

 

Doce como o mel

A vida nos dá guarida

Pedaço de céu

 

 

A saudade (Poetrix)

 

Guardar no coração pode ser

Dor maior, porque não temos 

Coragem de esquecer

 

 

 

Visita de Paola Rohden à Biblioteca Nacional de Brasília, com o diretor Antonio Miranda, em abril de 2016.

 

 

Página publicada em abril de 2016


 

 

 
 
 
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