| OLDEMAR  JUSTUS 1922-2006
   Nascido  em Ponta Grossa, PR, em 29 de junho de 1922, filho de Felippe Justus Júnior e  Tereza Justus, residia em Curitiba desde 1957, no exercício das ciências  contábeis, à frente das empresas Justus Auditores Independentes e Justus  Consultores Associados. Apesar  dessa atividade profissional prosaica, revelou-se compositor e poeta da mais  alta linhagem, mediante uma linguagem original e retórica de profunda  espiritualidade. Sua poesia comporta a mistura entre o romântico e o  filosófico.  TULIO VARGAS   Extraído de: http://www.academiapr.org.br    JUSTUS,  Oldemar. Ecos & Silêncios. Curitiba, PR: Ed. Folha de Rosto,  1988.  142 p.   ilus.    “ Oldemar Justus “ Ex. bibl.  Antonio Miranda   (fragmentos) Era o orvalho da manhãtentando devolver a vida
 àquele chão de flores mortas
 e estrelas apagadas.
 * A mulata reboleiradesacanhada e versátil,
 achou de fazer carreira
 na difícil vida fácil.
 * Um dia ele acordou mais moço. Havia-se deitado
 com uma mulher mais velha.
 * Quando o sábio se perguntapor que faz tanta pergunta,
 ele sabe que a pergunta
 mais responde que pergunta.
 * Nada caminha só.Nem o vento, nem o rio,
 nem a verdade.
 *Na mesa do bar,
 o homem e o copo,
 um bebendo o outro.
   JUSTUS,  Oldemar.  Volúpia.   Poemas. Curitiba, PR: Livraria Curitiba, 1987.  145 p.   “ Oldemar Justus “ Ex. Biblioteca Nacional.   APRESENTAÇÃO Há um encontro marcado,na vida, no tempo, nos ondes...
 Na fila do ônibus,na esquina do acaso,
 ao pé da escada do sonho.
 Ou aqui, numa folha de papel,onde escrevo, não o teu nome, que não sei,
 mas a tua verdade, disfarçada
 no redimido mentir do poeta.
 Vem amigo,por estas sendas
 que são tuas, beber
 da água da fonte,
 que não é minha.
 Eu apenas sirvo o cântaro.             CHÃO BATIDO
 Chão  batido, chão da vida,
 pisares  do meu destino,
 cadências  do meu penar.
 Chão batido, chão da vida... Aonde me levarás,que frutos, flores ou espinhos,
 caminho meu, me trarás?
 
 Sabes acaso que um dia,
 quando cansarem meus pés,
 terás de seguir em frente,
 rasgando chãos diferentes,
 distâncias de outro rumar?
 Pois é, caminho meu,chão batido de hoje só.
 Amanhã serás aurora.
 Eu voltarei a ser pó.
   Página  publicada em abril de 2015 
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